Análise: Roccat Kave – Headphones 5.1 para gamers

A Roccat é uma empresa especializada no fabrico de material dedicado a gamers, e da qual tivemos já a oportunidade de analisar aqui o seu teclado para gamers, o ISKU.

Mas hoje a temática é outra, e o que vamos analisar é os seus headphones 5.1, os Roccat Kave.

Os Roccat Kave são headphones 5.1 reais. Quer isto dizer que efectivamente, e ao contrário de muitos outros headphones do mercado, não há nestes headphones nenhum DSP a descodificar fontes stereo e criar efeitos virtualizados para se conseguir os efeitos sonoros desejados. Aqui cada coluna faz a sua leitura independente e o som que reproduz é único e exclusivo para si.



Para esse efeito cada um dos auriculares é munido de quatro colunas que são usadas para criar os efeitos do sistema 5.1 (coluna central, direita, esquerda, traseira direita, traseira esquerda, e subwoofer). Com este tipo de colunas evita-se ao máximo a virtualizaçao e sons projectados, e o áudio é o mais puro possível.

Para conseguir a leitura precisa do som de cada coluna a Roccat optou por criar estes hadphones usando um sistema analógico à base de jacks. Teremos assim um conjunto de 3 jacks stereo que irão obter a informação do áudio das colunas frontais, colunas traseiras e coluna central+subwoofer.

Naturalmente que sendo uns phones que funcionam por jacks a qualidade áudio dos mesmos é, ao contrário dos phones USB que possuem a sua placa de som interna, totalmente dependente da qualidade da placa de som à qual são ligados. Uma placa de som barata terá naturalmente pior qualidade de som do que uma de melhor qualidade. E naturalmente a placa terá de suportar ligações para sistemas 5.1. Quer isto dizer que, ao contrário de uns phones USB em que a qualidade dos mesmos é fixa, aqui ficamos dependentes da qualidade da placa de som. E o que obtemos pode assim ser inferior, igual ou superior a uns phones USB, tudo dependendo da qualidade da placa de som.

 

Dado que actualmente as placas de som integradas nas motherboards são o sistema de som mais usado, para se usar estes headphones há que procurar por um sistema que possua placa de som 5.1 e preferencialmente que suporte som HD. Tudo o que seja abaixo disso levará a que a qualidade áudio sofra, e acima de tudo, poderá causar a criação de ruídos parasitas devido à fraca blindagem magnética dos seus componentes.



Os Roccat Kave, apesar das suas ligações áudio analógicas, ligam-se igualmente uma porta USB. Tal é usado para o controlo do equalizador fornecido, controlos de volume e de microfone, bem como para alimentação dos leds azuis existentes.

Infelizmente, esta a ligação conjunta dos jacks e de uma porta USB aumenta tremendamente a possibilidade de ruídos parasitas nas blindagens da motherboard, o que torna esta uma queixa de grande parte dos utilizadores destes headphones.

No entanto essa interferência tem solução, e seguindo as recomendações da Roccat, eliminando totalmente o volume dos Beeps do sistema dentro do Windows, corta-se a ligação directa da motherboard às colunas. Há para isso que procurar por uma opção chamada PCBeep que se encontra nas propriedades das colunas de som do sistema. Esta é uma solução que funciona, mas infelizmente nem todas as placas de som onboard, particularmente as mais económicas, possuem esta opção.



 

Mas voltando à dependência que a qualidade de som destes headphones possuem face à placa de som existente, é de referir que certos efeitos quase básicos em produtos do género, mas com ligação USB (e como tal com placa de som interna), como o enchimento dos headphones, que ajudam a criar um efeito de áudio muito mais envolvente, terão de ser activados manualmente na placa de som. Só desta forma poderemos ter situações ideais de som para podermos fazer uma análise justa à qualidade destes headphones.

Não queremos com isto dar a entender que os phones USB são preferíveis face aos analógicos, pois tal não é o caso, apenas focar de forma fulcral que a qualidade destes headphones é dependente da qualidade da placa de som à qual são ligados. Até porque o caso contrário pode acontecer, e quem tiver uma boa placa de som terá mais qualidade sonora com estes phones do que com qualquer modelo USB. E eles até podem ser usados em outros locais que não o PC.



Mas avançando, os Roccat Kave foram concebidos a pensar nos gamers, e sendo a Roccat uma empresa que possui vários jogadores patrocinados a jogar em Lan Partys, o isolamento do som foi um ponto fundamental no desenvolvimento deste produto.

Aqui a Roccat optou pela colocação de uma almofadas com um diâmetro apreciável que não calcam as orelhas do utilizador, garantindo o conforto de uso por períodos prolongados. Mas no entanto, estas almofadas ajudaram a criar uma concavidade interior dos headphones de dimensões consideráveis que, infelizmente, criam um efeito concha nos ouvidos. O som exterior é anulado, mas no entanto em sua substituição temos um pequeno eco “parasita” resultante da sua existência.

Apesar desta situação não ser exactamente uma virtude, não cremos que a Roccat a considere como um defeito, e acreditamos mesmo que nome do produto, Kave (um derivado de “cave” ou caverna em português), tenha vindo exactamente dessa característica.

E relativamente a esta situação poderá haver quem ache que tal é um inconveniente e quem ache exactamente o contrário. É que o ruído “parasita” é ligeiro e apenas uma percentagem muito pequena do ruído exterior que o cria, e pessoalmente prefiro-o a ter o ruído exterior directamente audível ou pouco abafado. Mas esta é uma situação relativamente à qual se aceitam opiniões divergentes.

Os headphones possuem boa ergonomia, e tal é derivado da possibilidade de sofrerem todo o tipo de ajustes possíveis, num total de 3 eixos. Os phones podem inclinar e torcer sendo igualmente reguláveis a nível de extensão graças aos ajustes de comprimento possíveis na banda de ligação.



Assim os headphones ajustam-se bem às orelhas, sem criar grandes pressões e apoiando de forma suava graças à existência de um conjunto de três almofadas de apoio.

O microfone é rotativo, e totalmente ajustável graças a ser construído numa borracha maleável e moldável, sendo assim possível alterar a sua forma e inclinação, podendo inclusive ser removido em caso de necessidade.

A ligação USB controla os volumes que funcionam através de uma pequena argola circular rotativa presente na unidade de controlo existente que, ao ser rodada aumenta/diminui o volume geral. Já os volumes intermédios são controlados no pequeno equalizador fornecido e que permite controlar de forma independente o volume das colunas frontais, traseiras, central e subwoofer.

Aqui nesta unidade é possível igualmente, pressionando o centro da argola de volume efectuar um corte total de volume (mute) às colunas, o que é desactivado mediante nosso pressionar.



O microfone pode igualmente ser cortado usando o botão lateral existente nesta unidade, sendo que o mesmo acende o led azul existente na sua extremidade quando se encontra desligado, de forma a avisar o utilizador.

Relativamente ao som apresentado, os Roccat Kave revelam-se uns headphones bastante acima da média para este tipo de utilização. Uma situação que, apesar de verdadeira, requer a conjugação de um conjunto de factores externos para se usufruir dessa qualidade (conforme já foi referido anteriormente), e que nesse aspecto se torna mais fácil de reunir mediante a compra de uns headphones USB onde esses problemas de qualidade dos componentes externos e regulações áudio existentes nos mesmos estão ausentes.

Podemos dizer que por 80 euros estes são uns excelentes headphones, mas para tal há que acompanhar com uma boa placa de som. Não se entenda boa placa de som, como placa de som cara ou placa de som externa. A placa até pode ser onboard, mas terá de ser um modelo com som HD 5.1 e todas as ligações necessárias, e preferencialmente a board não deve ser de uma marca que não zele pelas boas blindagens dos seus materiais.

Quem reúne estas condições não tem por onde hesitar. Estes headphones são uma excelente escolha.



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Robustos, com materiais de muito boa qualidade, bons acabamentos, tudo conjugado num produto agradável visualmente e com muito bom aspecto.
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Tal como qualquer headphone analógico o som reproduzido só pode ser tão bom quanto a qualidade na fonte. No nosso caso essa situação não foi um problema dada a qualidade da placa de som. E com uma boa fonte a qualidade é pura e simplesmente irrepreensível, com excelentes graves e agudos, som vivo e preenchido e efeitos 5.1 capazes de ser perfeitamente perceptíveis a 360 graus. A forma como os headphones bloqueiam o som exterior é a nosso ver um aspecto positivo, mesmo com a criação do efeito de concha.
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O que se pode pedir mais? Estes headphones adaptam-se de todas as formas possíveis e imaginárias, com rotações, torções e extensões a serem possíveis de forma a existir uma adaptação a qualquer tipo de cabeça. As almofadas são super confortáveis não criando calor ou desconforto, e adequam-se a longas sessões de uso. O microfone é rotativo e maleável, ajustando-se igualmente às necessidades de cada um. Simplesmente perfeitos. A nível de estética os headphones são extremamente bonitos e não há nada a referir.
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Para quem possui uma boa placa de som estes headphones são extraordinários, com uma qualidade de som extrema. Se não é o caso poderão pelo mesmo preço procurar alternativas USB, sendo contudo que dentro dos 80 euros as alternativas não são de extrema qualidade. Seja como for não podemos penalizar os headphones por esse facto, uma vez que esse é um factor externo.
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Não podemos deixar de recomendar estes headphones, que por 80 euros se revelam uma excelente relação qualidade/preço. Bons materiais, boas características, e acima de tudo um excelente som, são os seus pontos fortes.

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