E se um dia todos os carros fossem electricos?

Certos Países poderiam enfrentar um sério problema na sua economia. Não só este tipo de situação necessitaria de algo como 13 a 26% de toda a atual produção mundial de electricidade, mas dado que há elevados impostos sobre combustíveis que deixariam de existir, seria provável que a electricidade pudesse ser altamente taxada para se ir buscar compensação para os mesmos.

Carros não poluentes… energia renovável e limpa. Estas são as palavras que dão a entender que os carros eléctricos são o futuro!

E apesar de as vantagens serem inegáveis… este tipo de veículos poderia trazer outro tipo de preocupações. Basicamente é preciso ter a consciência que onde há rosas… há espinhos! E que outro tipo de problemas poderia aparecer.

É que um estudo revela que com um mundo apoiado em veículos eléctricos iriam requerer algo como  570 e 1140 TWh (terawatts-hora) de energia, e isto representa nada mais nada menos do que algo entre os 13 e os 26% de toda a produção mundial de electricidade.

Daí que surge a questão premente: Estará o mundo preparado para este tipo de consumos electricos?



O estudo em causa foi elaborado por uma equipa da Universidade de Boston e da Universidade da Califórnia em Berkeley, tendo sido publicado na revista Energy Policy, e aborda exactamente a  procura de eletricidade que a nova indústria automóvel exigirá. E isto não para um futuro teórico, mas já para 2050.

O estudo refere que há três revoluções atualmente a iniciar-se, a eletrificação, a condução autónoma e o veículo partilhado. E é devido a estas revoluções que surgem os valores previstos!

A grande virtude desta alteração seria uma rdução até 80% das emissões de gases de efeito estufa, o que seriam notícias fabulosas. Mas no entanto este número dependerá da taxa de descarbonização do setor elétrico.

A alteração nos consumos de electricidade iria exigir um aumento de produção da mesma, algo que no entanto poderá não ser problemático. A grande questão prende-se com a alteração do poder das petrolíferas para as produtoras/distribuidoras de electricidade que passarão a controlar basicamente a produção mundial. Para além disso, dado que os estados não deverão pretender perder os largos milhões que arrecadam no custo dos combustíveis, prevê-se a taxação com impostos da electricidade nos veículos. Algo que sendo muito difícil de controlar poderão levar a um aumento generalizado da electricidade, ou dos impostos automóveis.

Um estudo do Financial Times prevê que até 2030 os carros electricos possam causar uma mossa de 170 mil milhões nos impostos obtidos pelo governo Norte Americano. Imaginemos isso agora para um País que taxa gravemente os combustíveis, e que necessita destes impostos, como Portugal, onde 69% e 61%, do que pagamos na Gasolina e gasóleo, respectivamente, são imposto! Como se fará aqui a compensação desta quebra de receitas que segundo o dinheirovivo, correspondem a 7% das receitas do estado?

Daí que, sendo de elogiar o impacto positivo no ambiente deste tipo de tecnologias,  fica no ar uma questão séria sobre que impacto a mesma terá nas nossas carteiras.



 



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