Os possíveis segredos do SSD da Sony – Parte 1

O SSD da Sony promete revolucionar o mercado. Mas o que tem ele de diferente, que alterações poderá trazer traz, e que memórias poderá usar? Neste artigo vamos explicar ao pormenor algumas possibilidade sobre  o que poderá constituir a tecnologia SSD da Sony, e que as alterações que ele poderia trazer face ao que existe no mercado.

O SSD da SONY

Nota: O artigo que se segue, e constituído por duas partes, baseia-se em tecnologia que é pertença da Sony, bem como em patentes da Sony sobre a tecnologia SSD. Nesse sentido, por questões de custo e mesmo de disponibilidade é expectável que o usado possa passar total ou parcialmente pelo hardware e tecnologias descritas neste artigo, motivo pelo qual as vamos expor.

Esta primeira parte deste artigo não estava prevista, sendo que o artigo era originalmente constituído apenas pela sua segunda parte. No entanto, quando tivemos conhecimento das memórias que se seguem, fabricadas pela Sony, e que estão descritas de seguida, questionamos se as mesmas não poderiam ser adaptadas para uso no SSD da consola. Nesse sentido, até porque o conteúdo da parte 2 refere a necessidade de memórias rápidas, achamos por bem falar delas primeiro.

A memória NAND

Apesar de se referir que actualmente os devkits da PS5 estão equipados com memórias NAND da Toshiba, a possibilidade de ser a própria Sony a fornecer as memórias para o SSD da PS5 não pode ser descartada. O motivo para tal é que a Sony tem neste momento nas mãos um grande trunfo. Falamos do CFexpress, uma nova versão dos cartões Compact Flash, criados para competir com os discos NVMe, mas num formato compacto e de ultra baixo consumo, sendo que a Sony é um dos fabricantes do produto.

Estes cartões destacam-se em duas vertentes:



Vertente 1: Velocidade!

O CFexpress existirá em 3 versões, conforme a tabela que se segue:

Apesar de não estar aqui indicado na figura, os documentos destes cartões Compact Flash Express falam ainda de uma Gen4, com 8 pistas, que consegue atingir os 8000 MB/s.

Basicamente o que estes cartões apresentam não é muito diferente do que os actuais discos apresentam. Tratam-se de memórias NVMe, exactamente o mesmo tipo de memórias NAND usadas nos SSDs mais rápidos. A diferença é que o que temos aqui são memórias criadas no formato de cartões de memória, com alta capacidade de débito, e acima de tudo, por serem criados para serem externos, de baixo consumo.

A Sony anunciou no início do mês que a segunda geração destes cartões, capaz de 1700 MB/s de leitura e 1450 de escrita, será lançada este verão, com a terceira a estar certamente pronta a tempo de poder equipar a PS5. Este atraso na disponibilização da Gen 3 poderá justificar o motivo do uso actual de memórias da Toshiba nos devkits.



As memórias da Toshiba referidas no rumor que as dá como existentes, pelo pouco que tive acesso a informação sobre elas, parecem suportar um débito próximo de 3 GB/s. Tal é superior ao que a Sony actualmente produz, mas inferior ao que pode vir a produzir.

O grande problema de um  SSD NVMe tradicional é que este pode consumir até 27 Watts. Mas aqui, ao termos uma memória concebida para funcionar num cartão  ultra compacto de baixíssimo consumo energético, a memória pode ser certamente adaptada para uma versão menos compacta que, com menor custo que o cartão, ser usada na PS5, mantendo o baixo consumo.

E sendo a Sony um dos fabricantes, o custo será o preço dos componentes.

Apesar de não existir qualquer garantia que esta será a tecnologia que a Sony está a adaptar à sua consola, esta é uma tecnologia que a Sony tem entre mãos. Algo que teoricamente bate a concorrência a nível de performances, e que pode ser produzido pela própria Sony, diminuindo custos.



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