Palavras de Phil Spencer dão a entender que a Scorpio não será necessariamente barata

As palavras de Phil Spencer partiram de um comentário de Michael Pachter sobre o preço da consola. E não são exactamente animadoras!

A performance não é tudo. E o preço tem um peso muito importante nas vendas!

Este foi o conceito que Michael Pachter tentou passar quando se analisou o mercado face à Scorpio, concluindo que, face às alternativas actualmente existentes, mesmo que a Scorpio seja mais potente que a PS4 Pro, no final de 2017 e perante as descidas de preço desta consola, uma Scorpio a mais de 399 dólares seria, na sua opinião, suicídio.

Naturalmente não vamos agora comentar as declarações de Pachter. É a sua opinião e tem direito a ela! Aliás, nem é comum as empresas abordarem este tipo de declarações, mas neste caso Phil Spencer resolveu fazê-lo.

Ora apesar de pegar nas frases deste senhor, o que Phil Spencer referiu nem sequer foi dirigido exactamente a Pachter, e que nos quer parecer é que o referido, não é nada mais, nada menos do que um preparar de terreno para que as pessoas não fiquem surpreendidas com o possível preço mais elevado que esta consola terá.



Mas vamos deixar as palavras dele falaram por si!

A Scorpio será uma consola premium. Custará mais do que a S, obviamente, e é assim que a estamos a construir. Ainda não anunciamos o preço, mas queremos ter a certeza que o investimento que estamos a fazer no produto que é a Scorpio vai lado a lado com os requerimentos do consumidor de mais alto nível, e isso significa um preço mais elevado.

Repare-se que aqui Spencer não se limita a dizer que a Scorpio será mais cara por ser melhor. A referência é que há que o investimento vai lado a lado com as exigencias mais elevadas, e isso significa igualmente um preço mais elevado. Naturalmente a linguagem humana não é 100% transparente, mas quer-nos parecer que quando numa mesma frase se refere que o produto é premium, que está a ser construído para os clientes mais exigentes, e depois se refere que o preço será mais elevado, não se está aqui a referir uma verdade de La Palice (para quem não conhece o termo falamos de uma evidência tão grande, que se torna ridícula).

Já se sabe que a Scorpio ao ser melhor, será mais cara! Isso é algo tão evidente que referir o mesmo se torna ridículo! Daí que a análise da frase vá mais longe e tome em consideração tudo o que é dito. E assim sendo a ideia que passa é que a consola é fora do normal, e que o preço também poderá ser!

Mas continuemos para percebermos isso melhor:

Não haverá um único produto que verão e dirão ‘Este é o produto que define como estão a ir no mercado’. Na realidade é o reportório de todos os produtos com preços e quando pensamos que na Scorpio é para o consumidor de topo que requer o máximo de uma consola, e uma consola construída para essa exigência.

Aqui claramente a frase dá a perceber, tal como em tempos a Microsoft já referiu “Quem não tiver internet, que compre uma Xbox 360“. Basicamente o que entendo deste parágrafo é que a Microsoft dá a entender que há sempre a alternativa Xbox One. E pior ainda, volta a referir que a Scorpio é para o consumidor de topo, e construída para essa exigência. Associemos isso ao hardware de topo tomo teclados, comandos e ratos para gamers, que a Microsoft também fabrica, e temos aqui mais uma vez a ideia de algo a vir ao de cima… O preço pode ser elevado!

Convêm não esquecer que o comando Elite para a Xbox One, um produto construído para o consumidor de topo que requer o máximo de um controlador, custa só por si 150 euros!



Se cada parágrafo por si passa-nos a imagem que referimos, os dois em conjunto ainda a transmitem mais! A Scorpio pode não ser exactamente barata, e assim sendo as palavras de Phil Spencer não aparecem exactamente como uma resposta a Michael Pachter, mas sim como uma justificação para um ponto que a Microsoft entende que Pachter tocou e que se vai revelar verdadeiro. A consola será cara e custará mais de 399 euros!

Naturalmente isto é apenas um entendimento da nossa parte. Aliás esperamos mesmo que a coisa não seja exactamente assim, e que estejamos a interpretar mal a coisa.



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