Preço dos produtos parece ser o menor impedimento para os hardcore gamers. E mercado gamer PC bate os 30 mil milhões de dólares.

Naturalmente que para um produto vender de forma massificada o preço é o mais relevante. Mas para o hardcore gamer PC, apesar de o preço ser importante, a performance parece estar acima de tudo!

Como em tudo na vida, os preços acabam por ser determinantes no sucesso de um produto. É caro, vende menos, é barato, vende mais! Mas claro, isso terá sempre de ser associado à qualidade.

O mercado PC é talvez um dos melhores exemplos desta situação, até porque é dos poucos que possui uma caracteristica essencial ao sucesso, a variedade de escolha e de preços!

No que toca ao PC temos hardware do mais diversos, algum dedicado ao profissional sem grandes exigências gráficas e/ou de performance, e outro dedicado aos utilizadores mais exigentes, o gamer.

Mas mesmo no mercado gamer há três vertentes, a entrada de gama, de baixo custo, a meio de gama a preços médios, e a topo de gama, com custos mais elevados! É algo que não existia nas consolas e que poderá estar na base de escolhas de lançamentos como a PS4 Pro e a Scorpio. O fornecimento de alternativas de maior performance, a quem quer gastar mais e a pretende!



Basicamente, e apesar destes mercados se cruzarem, podemos definir o mercado Gamer em três componentes:

O mercado entrada de gama é o mais barato, mas é igualmente o que menores performances oferece! É igualmente um mercado com margens de lucro mais baixas e destinado a alcançar o máximo de utilizadores possiveis.

O meio de gama é equilibrado em todos os pontos. Os preços são acessíveis, as performances são as consideradas normais, e a margem de lucro enquadra-se igualmente nessa definição. Aqui enquadra-se o grosso do mercado gamer.

Já o mercado topo de gama é o mais caro, com performances superiores, mas igualmente margens de lucro muito mais elevadas. Mesmo sendo um mercado de elite e destinado a nichos, é dos mais lucrativos pelas margens de lucro aqui colocadas.

Ora o conjunto destes três mercados Gamer atingiram este ano os 30 mil milhões de dólares. Um valor impressionante e que não se julgava possível de ser visto uma vez que o mercado PC se encontrava, já à vários anos, em declínio. Mas no entanto percebe-se agora que há um renascer do PC como máquina de jogos que pode, e seriamente, colocar em risco as vendas no mercado das consolas.

Um estudo revela que cada um destas três componentes do mercado gamer gerou lucros enormes só por si, mas com participações diferentes. O mercado entrada de gama, gerou um total de 6,7 mil milhões de dólares, gerando 22% das receitas, o meio de gama gerou 10,6 mil milhões de dólares, gerando 35% das receitas, ao passo que o mercado topo de gama, gerou 13 mil milhões ou 43% das receitas.



Os valores não são de estranhar quando sabemos que uma única placa topo de gama pode custar tanto como 2 de média e 4 de baixa. Mas no entanto as percentagens mostram que há uma tendencia dos gamers em apostar em material topo de gama. Aqui o custo parece ser colocado de lado face à perspectiva de performances.

Talvez se torne mais fácil agora perceber que quando a Microsoft anunciou em tempos o fim das gerações nas suas consolas, a sua ideia seria certamente esta. Criar nas consolas alternativas válidas para as várias carteiras, criando jogos comuns a todas! E isso foi algo que a Sony tambem acabou por fazer. Diga-se no entanto que isso é algo cuja aplicabilidade com sucesso a esse mercado das consolas é discutível, pois as expectativas para o mesmo não são e nem nunca foram essas, mas que não deixa de ser uma visão devidamente enquadrada nas realidades existentes em outros locais.



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