Sim… há poucos a utilizar a retro-compatibilidade… Mas quantos há a usar o PSVR? E a Sony deixou de o suportar?

Hoje de manhã publicamos um artigo relativo à baixa utilização da retro-compatibilidade na Xbox One. Mas terá a Sony verdadeira razão quando vem referir que a baixa utilização da caracteristica não justifica o seu suporte?

Não vamos negar… o estudo revelado e que envolveu a recolha de dados de 930 mil consolas XBox One entre 26 de Setembro de 2016 e 12 de Fevereiro de 2017 estará (pelos valores oficiais da Microsoft revelados na altura), relativamente certo.

1,5% de uso face ao uso total da Xbox é efectivamente muito pouco!

Recentemente Larry Hryb (Major Nelson) veio dar a conhecer dados de dia 7 de Junho e o número de horas face aos valores anteriormente revelados em Novembro de 2016 subiram dos 210 milhões de horas/anos para 508 milhões de horas/ano, o que acima de tudo mostra um crescendo do uso da caracteristica, mas que mesmo assim se fica pelos 3,6% do uso, um valor mesmo assim muito baixo, especialmente quando o mesmo Major Nelson refere que 50% dos utilizadores Xbox usaram a caracteristica, o que, no pior dos casos, poderia colocar o uso individual nos 0,072%.

Mas independentemente de tudo isto, terá a Sony razão para falar? E será que a caracteristica não interessa?



Bem, como referi já nos comentários do artigo anterior, “uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa“. E o baixo uso não retira minimamente o interesse e o valor da retro compatibilidade! O artigo anterior aborda a realidade do baixo uso da característica (e exclusivamente isso), e este aborda agora o outro lado da coisa, a real intenção da Sony em chamar a atenção para essa situação! E para sermos imparciais teremos de ver os dois lados da coisa, motivo pelo qual este artigo teria de existir.

A retro-compatibilidade é uma mais valia tremenda. É algo que deveria ser standard em todas as consolas, mas que apenas o é na Xbox One! É, quer se queira, quer não, um dos pontos fortes da consola, e algo que, na nossa opinião, todos deveriam tentar copiar.

A realidade é que a Sony, mesmo tendo razão nos seus argumentos, e a utilização está a ser baixa, não deixa de ser muito pouco correcta para com os seus fans quando vem alegar esta situação!

Claramente aqui não só a Sony está a tentar tirar valor à característica, como a tentar fazer com que os seus utilizadores olhem para ela como algo sem interesse de forma a não receber mais pressões para a aplicação da mesma na sua consola.

Não fosse assim e a Sony não andaria a vender jogos PSP na PS Vita, a vender jogos PS2 e PS3 na PS4… Adaptações, remasterizações e outras versões dos jogos das consolas anteriores!

Porque se 1,5% de utilização é pouco, o que dizer então do PSVR? O que torna o PSVR atraente para a Sony quando a empresa vendeu 1 milhão de unidades do mesmo, o que quer dizer que a base de utilizadores que o possui é 1,66% da base total?



Considerando que o PSVR tem um uso esporádico, o seu tempo de uso face ao global de uso da Playstation deverá rondar os 0,0 qualquer coisa…

Se a retro-compatibilidade com 1,5% é algo que não justifica, o PSVR é algo que interessa porque? Que critérios são estes?

Na realidade o que se passa aqui é que a retro-compatibilidade não é algo que interesse pois a ser aplicada nos moldes da Microsoft seria algo que traria grande despesa à empresa para ser aplicado. Mas dado que o modelo da Microsoft torna a retro-compatibilidade gratuita, a Sony não tinha como recuperar o investimento. E nesse sentido, a caracteristica não interessa!

Já o PSVR… Lucrando na venda de cada um, e na venda dos jogos… já interessa! Porque é lucro que entra! Mesmo que em número de horas de uso, isto seja ridiculamente inferior à retro-compatibilidade.

Este é um célebre caso de análise de acordo com os interesses próprios… e aqui a Sony mostra que na realidade só está a pensar em si e nos seus lucros, quando abordou ao tema.





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