Um sumário de tudo o que tem sido dito sobre a PS5

O artigo que se segue é uma compilação de dados mais relevantes conhecidos e debatidos sobre a possível futura PS5.

Retro compatibilidade

1. A Sony fez já comentários que indiciavam que a retro compatibilidade poderia estar presente na próxima geração.
2. Há cerca de 5 ou 6 patentes com o nome de Mark Cerny que referem métodos de alterar a forma de funcionamento de um processador de forma a garantir retro compatibilidade com arquitecturas anteriores.

CPU
1. A CEO da AMD, Lisa Su fez comentários bem recentes a confirmar que o design do Zen 2 está completo e que terá amostras ainda este ano, com produção em alto volume para o ano. Isto tanto para as versões desktop como servidor.
2. Não se sabe ainda se será fabricado pela TSMC ou Global Foundries em 7nm.
3. Não temos muitos dados sobre o Zen 2. Acredita-se que o CCX (Core complex) poderá ir aos 6 núcleos no Zen 2, o que significa que serão necessários mais do que um CCX para um APU de 8 núcleos..
4. Alguém colocou dados de relação consumos /frequência dos Ryzen, que mostrava que os consumos são muito bons perto dos 3 Ghz, com um TDP entre os 25-35W, algo dentro dos consumos de um CPU num APU de consola.
5. Melhorias no compilador LLVM para a versão 1 do Zen foram efectuadas por um engenheiro de sistemas da Sony. O Zen 2 não é ainda conhecido plenamente pelo que as semelhanças no design ou NDA’s podem explicar a situação caso a Sony opte pelo Zen 2.
6. No código do engenheiro da Sony foi visualizado código AVX512. O AVX512 sao extensões 512 bit às instruções SIMD do Advanced Vector Extensions que não são atualmente suportadas por nenhum processador AMD, mas o Zen suporta (256 bits) em dois ciclos das unidades 128 bits. O Jaguar tambem tinha suporte AVX (128 bit). O AVX acelera bastante os trabalhos com vectores e pode ser optimizado mas ocupa muito espaço no silicone, bem como aumenta os consumos.
7. O design do Zen 3 está preparado e previsto no atual roadmap da AMD para 2020 em 7nm+. A adopção deste design está fora de hipotese, mas alterações com suporte a situações especiais é possível para 2019.

GPU
1. O Vega não chegará ao consumidor em 7nm. Será utilizado apenas para quem trabalha com  AI/computação/pesquisa.
2. O Navi aparece no Roadmap AMD para 2019. Há poucos detalhes sobre o mesmo excepto que será escalável e que será a última iteração do GCN.
3. Uma patente para um GPU “Super SIMD” foi recentemente descoberta, e o conceito é muito similar ao usado pela Nvidia. Não é claro se isto diz respeito ao Navi ou será pós Navi.
4. O sucessor do Navi deverá, de acordo com o Roadmap AMD, aparecer em 2020, mas será pouco provável que seja usado. Mais uma vez, um GPU alterado com tecnologias deste design é possível e mais provável.
5. A AMD deu a conhecer que trouxe alguns dos designers do Zen para a equipa de GPUs para melhorar a eficiencia. Não é claro o que se pode esperar disso!



APU
1. Os dados conhecidos de redução na passagem de 16nm para 7nm sugerem que um Zen de 8 núcleos com uma chip Vega de 64 CU pode ser colocado numa área de cerca de 350 mm^2. Isto é o espaço usado pelos APUs das consolas originais Xbox One e PS4. Dependendo das velocidades relógio ele ofereceria algo entre os 10 a 14 TF.
2. A ideia de multi GPUs tem sido abordada dado que o custo de colocar vários poderia ser mais reduzido. Não se sabe porém se oa redução ds custos de tal, face às as penalizações inerentes ao Infinity Fabric, compensariam face a um único GPU mais potente.

Memoria
1. A GDDR6 entrará em produção em massa este ano e será fornecida por todos os principais fornecedores de memória.
2. A GDDR6 permite alcançar os 18Gb/s por pino, e a Micron mostrou mesmo 20Gb/s. Tal fornece algo como 550GB/s num bus de 256-bit como o da PS4/Pro, ou 770GB/s num bus de 384-bit  como o usado na Xbox One X.
3. Um bus de 384-bit é mais problemático a nível de custos pois requer pelo menos 12 chips, e como tal uma motherboard maior, obrigando ainda a um silicone maior.
4. Os três principais fabricantes de memórias foram acusados de arranjos de preços, e desde aí os preços relaxaram um bocado. A loucura da cripto mineração está tambem a cair, e Lisa Su, CEO da AMD, comentou que acredita que tal se vai reflectir positivamente para o consumidor normal.
5. O uso de HBM ainda é uma possibilidade mas há questões com o preço, quantidade fabricada e muitos outros. Basicamente os custos podem ser até $100 maiores que os da GDDR6 para algo similar.
6. A Micron recentemente começou a fornecer tambem HBM, o que pode ajudar a reduzir custos e a aumentar a oferta.
7. As datas para a HBM mostram que a HBM3 poderia ser uma possibilidade, mas que a HBM2 seria mais provável.
8. A capacidade deverá ser entre 16-32 GB. Tanto a GDDR6 como a HBM suportam essas capacidades. A solução variaria entre 8 a 16 chips com GDDR6 e 2 a 4 camadas na HBM.

Armazenamento não volátil
1. A memória HBCC da AMD tem vindo a ter alguma atenção pelo seu potencial de funcionar como um gestor de cache entre a memória principal e a não volátil. Isto quer dizer que ela permite uma drive NAND de dimensões moderadas. entre os 64 e os 128 GB onde o OS e dados relevantes de um jogo podem ser colocados reduzindo tempos de carga e aumentando a resposta geral do sistema.
2. A AMD afirma que consegue reduzir a pegada (uso) da memória video em 50% usando a HBCC, mas isso nunca foi comprovado com benchmarks em jogos reais.
3. Os SSDs estão finalmente a atingir uma relação custo/GB onde podem ser considerados para uma consola. Talvez como drives permutáveis como visto na PS4.

Disponibilidade da Tecnologia

1. A TSMC e a Global Foundries ambas terão os 7nm em pleno no caso de um lançamento em 2019.
2. 28nm teve um lapso temporal de um ano desde o aparecimento até ao seu uso num APU de consola, o que é necessário por uma questão de custo e rentabilidade de produção. Por norma os aparelhos móveis usam estas tecnologias primeiro.
3. O lapso temporal coloca a TSMC pronta para o uso dos 7 nm+ numa consola em 2019. Isto suportaria uma consola em 2020, mas tal seria um pouco à justa, pelo que os 7nm normais deverão ser o usado caso se lance em 2019. Os ganhos face aos 7 nm são 10-15% de performance adicional, melhorias na dissipação térmica e maior redução, sendo o processo posteriormente até mais simples que os 7 nm originais.

Timing
1. A Sony foi explicita que não existirão anuncios de hardware na E3 deste ano.
2. A Sony publicou um guia financeiro com grandes quebras de lucros em Março de 2021, o que corresponde a dados relativos a 2020. Curiosamente não se falou do ano financeiro de 2020 (dados de 2019), tornando assim pouco clara a percepção real de quando será o lançamento, se em 2019, se em 2020, mas que parece garantir uma destas duas datas.
3. A Microsoft tem estado bastante calada, mas tem vindo a referir que os investimentos na consola são ainda fortes.
4. A Sony referiu que a PS4 entrou na fase final do seu ciclo de vida, o que bate certo com as indicações que uma nova consola será lançada nos próximos 2 anos.

VR
1. Tem existido uma série de patentes, com e sem o nome do Mark Cerny, muitas dizem respeito a metodologias de rendering e outras optmizações.
2. A Sony refere que o crescimento do VR caiu abaixo das expectativas da industria, incluindo as deles. Reconhecem-na como uma área onde terão de investir, continuando super interessados e com intenção de um PSVR 2.

Sistema operativo

1. O já referido engenheiro da Sony tem vindo a trabalhar com o FreeBSD. Tal significará que ele continuará a ser o OS de escolha, tal como foi na PS3 e PS4.

Considerações financeiras

1. A Sony apresentou 400 milhões de quebra nos lucros em Março de 2021, o que é uma quebra de 30%. Quando vemos que com a PS4 eles só caíram 1%, e dado que as consolas e jogos nelas contidos apenas são 45% das suas receitas, bem como o facto que as vendas digitais estão a subir, não se entende uma quebra tão grande. Tal tem levado a especulações que a Sony cobrirá parte do custo da PS5 para a manter a um preço interessante.
2. O preço de lançamento deverá estar entre os $400-$500.

 



 

 

 

 

 



 

 

 



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