Com as mãos na… Nintendo 3DS

Com a data prevista de 25 de Março, o lançamento oficial da 3DS está aí à porta, mas graças à loja BestGames, que gentilmente nos disponibilizou uma 3DS novinha em folha e fechada em caixa para uma verificação em mãos daquilo que a consola é capaz, podemos aqui fazer uma previsão daquilo que devem esperar da consola. Infelizmente dada a edição do video e da fotografia não foi possível colocar o artigo mais cedo.

Acima de tudo esta experiência serviu para que pudéssemos constatar a real qualidade geral da consola, e acima de tudo verificarmos a afirmação sobre o cansaço dos olhos/cérebro com o uso do 3D em períodos que podem ser tão curtos como apenas 10 minutos.

Mas vamos por partes:

Embalagem

A embalagem da 3DS é bastante sóbria, e coberta de avisos sobre os efeitos nocivos que o excesso de uso pode ter, recomendando mesmo que o 3D seja interdito a menores de 5 anos.



A Consola

Ao acedermos à consola pudemos ter a noção de algo que as imagens que circulam pela Internet não permitem descortinar facilmente, e que se prende com a qualidade de construção da 3DS, toda ela agora em metal e não em plástico como as versões anteriores. Não é, contudo, por esse motivo que se revela minimamente mais pesada, sendo que ao pegarmos nela sentimos inclusive uma estranha sensação de leveza, talvez relacionada com o facto de aparentemente esperarmos algo mais pesado.



Novidades são muitas, mas já tivemos oportunidade de falar de quase todas aqui na PCManias. Temos o botão para desligar o wireless (agora suportando a norma IEEE 802.11 b/g), as suas duplas câmaras que permitem fotos 3D, o comando analógico de movimentos ao estilo do usado na PSP, a tecla Home ao bom estilo Wii, e a Slot SD que podemos usar imediatamente graças ao cartão de 2 GB incluído.

Outras novidades prendem-se com os “gatilhos”, os famosos botões L e R situados nas costas da consola que agora servem também para disparar a câmara, e que deixam de ser em borracha para passarem a ser em metal, mas mantendo toda a suavidade de uso graças ao sistemas de mola utilizado.

Uma grande revolução dá-se no estilete, agora também em metal e com a cabeça em borracha que agora é extensível. Mantém-se extremamente pratico e leve, revelando-se inclusive melhor que o anterior em plástico, isto apesar de, quando recolhido, não se revelar minimamente funcional, mas até aceito que isso seja uma preferência pessoal.





O Ecrã

A grande expectativa da consola estava porém no seu ecrã, e como tal a ansiedade de a ligar era grande.

E se a primeira reacção ao olhar para o ecrã em modo 3D foi de ter uma imagem desfocada, rapidamente os olhos se habituam e focam num 3D que apenas pode ser qualificado como de ASSOMBROSO.

Não há outra palavra para definir o que vimos, um 3D perfeito e com um efeito de profundidade fenomenal, mas que, infelizmente, não é livre de defeitos.

Para começar o efeito varia ligeiramente com a distância dos olhos ao ecrã, sendo que a tecla de regulação de profundidade do 3D serve também, com pequenos ajustes, para corrigir essa situação.



Mas o pior é o pequeno ângulo de variação da cabeça face ao ecrã, pois pequenos desvios são suficientes para desvanecer, ou mesmo aniquilar, o efeito 3D. No fundo quase que podemos falar de uma “Tolerância Zero”, uma vez que por muito pequena que seja a variação da cabeça há logo uma perda, se bem que reduzida, da qualidade do 3D.

No entanto, tendo jogado “PilotWings Resourt” com a consola pousada sobre a mesa, posso dizer que o efeito é efectivamente ASSOMBROSO, com os pequenos objectos que estão no ecrã a ganharem vida e parecerem reais e quase que palpáveis, dando mesmo vontade de meter os dedos dentro do ecrã para os agarrar. Nada que já não tenha sido visto no cinema ou nos televisores com óculos 3D, mas que aqui é exponenciado pelo facto de não existirem quaisquer óculos e os objectos que visualizamos serem totalmente controlados por nós, o que cria um grau de ilusão acrescido.

A verdade é que, com ou sem o defeito do ângulo de visualização, o ecrã é fabuloso e o efeito 3D é abismal, o que torna a consola extremamente interessante e apetecível.

Surge agora a questão que todos colocam: “Mas afinal o ecrã causa ou não fadiga visual/mental ao fim de 10 minutos?”

A resposta é: Depende das pessoas! Pessoalmente não senti qualquer cansaço, e isto apesar de que, quem estava comigo se ter queixado dessa situação logo após alguns minutos. No entanto, apesar da minha ausência de cansaço, quando retirei os olhos do ecrã estes pareciam estar trocados e foram necessários uns momentos para que tudo se regularizasse, pelo que a conclusão que se tira é que, independentemente do cansaço sentido, e à semelhança do que a Nintendo recomenda, o 3D tem de ser usado por períodos de tempo reduzidos sob pena de poder tornar-se danoso para os olhos ou para o cérebro.



 



 

A realidade aumentada

Se houve algo que fascinou na 3DS são os jogos de realidade aumentada que se encontram previamente inseridos na consola e que funcionam apontando a câmara para os cartões fornecidos com a mesma. Mas melhor que as palavras, são as imagens e daí que se recomenda que visualizem o vídeo de baixo.

 



Considerações

Se dúvidas houvesse a 3DS é uma excelente consola. Poderá não ser tudo aquilo que se esperava, e eventualmente até se revelar de segunda linha face à NGP, mas a realidade é que se trata de uma excelente consola, e no que pudemos ver o génio da Nintendo continua bem presente.

Se a recomendamos? Sim, claro… VIVAMENTE. É uma pequena jóia e que se revela interessante mesmo para quem já tem uma DS, particularmente pela compatibilidade com os jogos da antiga versão. As suas novidades, mesmo que poucas nesta fase dado que estamos numa altura de lançamento e há poucos jogos, são fabulosas e só por si valem a pena.



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