União Europeia vai obrigar ao uso de carregadores universais.

A ganância dos fabricantes com os seus carregadores proprietários pode sair-lhes pela culatra com a obrigatoriedade de carregadores universais.

Ao longo dos anos as empresas sempre tentaram criar carregadores proprietários que obrigassem os possuidores dos seus produtos a um carregador da marca. Tal mudou com o Android e com a standarização do USB, mas mesmo assim ainda vimos vários tipos de USB a aparecer, o que levou a modelos diferentes de carregadores.

Mas o caso mais flagrante é o da Apple, com os seus carregadores que sempre foram proprietários.

Mas agora a União Europeia quer forçar ao uso de carregadores universais. Um carregador que dê para todos os smartphones, tablets… e até para computadores e outros.

Para isso, a Comissão Europeia vai retomar, no verão, a proposta para criação de um carregador universal, uma medida já equacionada há vários anos e que conta com a resistência das tecnológicas. No entanto a situação foi discutida no Parlamento Europeu tendo sido aprovada em janeiro de 2020 por uma larga maioria dos eurodeputados.



Assim, o comissário europeu do Mercado Interno, Thierry Breton, deu a conhecer que “até ao final do verão, a Comissão Europeia irá apresentar uma proposta legislativa para conseguir um carregador universal”.

A preocupação da UE não é apenas com os clientes, mas igualmente com o ambiente, e nesse sentido acrescenta:

Estou realmente a dar muita importância a isto e o meu objetivo não é apenas trabalhar na questão de uma interface de carregamento comum, mas ir muito além disso e propor medidas adicionais para reduzir os resíduos eletrónicos ao longo da cadeia de produção”.

De acordo com dados fornecidos pelo próprio Parlamento Europeu, este tipo de produtos gera 51.000 toneladas de resíduos por ano. Assim, segundo Bruxelas, com esta medida poder-se-ia aumentar a produção sustentável, bem como prolongar a vida útil dos equipamentos.

 



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Felipe Horvath
Felipe Horvath
22 de Abril de 2021 8:00

Eu acho uma ótima iniciativa.

Luis Fouto
Luis Fouto
22 de Abril de 2021 9:12

Ontem já era tarde. Uma medida que faz todo o sentido.
Mas claro que se tratando da UE, com certeza que haverá algo “financeiro” escondido nestas medidas “pró ambiente”.

Ainda hoje está por explicar o real impacto ambiental que os filtros de partículas causam no ambiente, falo desde o processo de fabrico, regenerações forçadas (só ao vivo de pode deslumbrar tamanho espectáculo) e até aumento de consumo e problemas mecânicos que provocam.

Deto
Deto
Responder a  Luis Fouto
22 de Abril de 2021 13:23

do mesmo jeito que a Volks com os motores Diesel fake so foram pegos no EUA.
na UE passaram pano.

essa metida da UE so pega empresa de fora do bloco, do mesmo jeito o EUA so pega empresa de fora do pais.

Luis Fouto
Luis Fouto
Responder a  Deto
22 de Abril de 2021 13:52

Sim, a UE nunca iria penalizar uma das suas maiores empresas, ainda por cima alemã.
A UE faz negócio com a “preocupação ambiental”, e não é de agora.
Todos os problemas ambientais na UE se resolvem com impostos e filtros caros ás custas do consumidor.
Só o facto de não haver um estudo sobre o impacto ambiental dos filtros de partículas é estranho.

José Galvão
José Galvão
22 de Abril de 2021 13:12

Acho muito bem que a UE legisle de forma a que eu consiga comprar um carregador que carregue “tudo” o que eu tenho em casa, seja de que marca for e com a qualidade que eu quero, ao invés de estar sujeito a tech proprietária cujo único intuito é cobrar-me um preço exorbitante.

Já que a UE está com a mão na massa, também podia legislar acerca da nova tendência que é, não incluir um carregador sequer alegando a nova hipocrisia da moda que é o de ser “amiga” do ambiente…

Carlos Eduardo Santos
Carlos Eduardo Santos
22 de Abril de 2021 15:46

Em pleno século 21, ainda existem pessoas que confiam no estado…
????????
Rapazes, as empresas podem fazer o que quiserem, quem define se aceita o que elas fazem ou deixam de fazer, são os próprio consumidores.
Se o consumidor não está satisfeito com determinado produto ou serviço, ele para de consumir e ponto final.
Não precisa do estado pra definir o que é bom ou ruim para nós.
Agora o estado nessa desculpinha de meio ambiente está demais…
Que decidam, pois estão forçando a entrada de veículos elétricos em detrimento dos a combustão, e isso vai gerar uma quantidade de “lixo eletrônico” muito maior do que a dos pequenos carregadores.
Quem confia em decisões de políticos, está cego, surdo e mentalmente debilitado.

Last edited 2 anos atrás by Carlos Eduardo Santos
José Galvão
José Galvão
Responder a  Carlos Eduardo Santos
22 de Abril de 2021 16:04

A questão aqui não é confiar ou não no estado, mas ter legislação que proteja os interesses do consumidor é de todo benéfico, mesmo que venha de decisões politicas, não é preciso ser cego, surdo, mudo para perceber isso, é claro que à falta de legislação, temos que ser nós a proteger os nossos próprios interesses, mas se o estado der um empurrão, melhor ainda não?

marcio
marcio
22 de Abril de 2021 18:33

Acho justo!

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