Upgrades de smartphones são cada vez mais algo que não compensa.

Os Smartphones actualizam todos os anos. Novos designs, novas tecnologias… Ao longo dos anos muitos habituaram-se a ter sempre consigo o último topo de gama, mas o que vemos agora é que isso é cada vez menos algo desnecessário, com as novidades a serem não só cada vez menos, como muitas vezes a nem serem verdadeiramente inovadoras.

A determinada altura da evolução dos smartphones, a tecnologia evoluía de uma forma em que os lançamentos anuais de telefones justificavam. Cada nova geração possuia avanços enormes face à anterior, ao ponto de justificar uma compra. Era performance, eram novidades tecnológicas, era toda uma panóplia de novidades que tornavam o modelo anterior obsoleto.

Mas a determinada altura o que vimos foi um abrandar disso. As performances, por exemplo, atingiram um determinado nível, em que um novo modelo mais rápido, mesmo que o seja verdadeiramente em todos os campos, não justifica. E isto porque as performances do modelo anterior se mantêm num nível superior.

Depois as novidades tecnológicas! Cada vez elas são menos! E o que vemos? Os smartphones a competir com reduções de bordas, menores notches, leitores de impressão digital embutidas no ecrã, etc. Novidades que, apesar de interessantes, são meramente meros enfeites visuais.

Mas há casos piores… Com a variedade de produtos da concorrência, muitos deles a usarem hardware dedicado, há casos em que os novos smartphones não trazem verdadeiramente nada de inovador face a outros que já estão no mercado.



O video que se segue, mostra um comparativo de performances entre um Huawey Mate 20 Pro, lançado em Outubro do ano passador e o novíssimo Note 10 da Samsung, lançado em Agosto deste ano.

Falamos de dois smartphones com caracteristicas muito semelhantes, e que se distinguem maioritariamente pelo facto de o Huawey não usar uma Pen.

Comparemos as especificações destes smartphones, sendo de referir que dos modelos abaixo comparados, o Samsung Note 10 é vendido a 979 euros, e o Mate 20 Pro está agora a 509 euros.

Processador

Note 10 – Octacore 64 bits Exynos 9 Octa 9825
Mate 20 Pro – Octacore 64 bits HiSilicon Kirin 980

GPU



Note 10 – Mali-G76 MP12
Mate 20 Pro – Mali-G76 MP10

Mali-G76 MP12

Memória Ram

Note 10 – 8 GB
Mate 20 Pro – 6 GB

Memória de Armazenamento



Note 10: 256 GB
Mate 20 Pro – 128 GB

Dimensão ecrã

Note 10: 6,3″
Mate 20 Pro – 6,39″

Tipo Ecrã

Note 10: Dynamic OLED HDR
Mate 20 Pro – OLED HDR



Resolução ecrã

Note 10: 1080 x 2280 pixels
Mate 20 Pro –  1440 x 3120 pixels

Fast Charge

Note 10: SIM
Mate 20 Pro –  SIM

Capacidade da Bateria



Note 10: 3500 mAh
Mate 20 Pro –  4200 mAh

Dual Sim

Fast Charge

Note 10: SIM
Mate 20 Pro –  SIM

Leitor de impressões digitais embutido no ecrã



Note 10: SIM
Mate 20 Pro –  SIM

Câmara Frontal:

Note 10: 10 MP
Mate 20 Pro –  24 MP

Câmara Traseira

Note 10 – Tripla – 16 MP Ultra-wide Camera, 12 MP Wide-angle Camera, 12 MP Telephoto Camera, Zoom analógico 2x, Zoom Digital 10x, Auto flash, detecção de face. Resolução máximo 4000×3000 pixels, Autofocus de pixel duplo.
Mate 20 Pro – 40 MP Wide Câmera, 20 Mp Ultra-Wide Câmara, 8 MP Telehoto, Zoon analógico 3x, Zoom Digital 50x, Auto flash, detecção de face. resolução Máxima de 7360×4912, Aotofucos de detecção de fase e laser.



Como se percebe, apesar de uma geração de diferença entre eles (o concorrente a este note 10 será o Mate 30 que será lançado em breve), as especificações não são claramente só para um lado. As diferenças são pequenas, e certamente nada que justifique o custo de diferença entre os aparelhos.

Curiosamente… apesar de um processador mais recente, o Note 10 nem sequer se revela mais rápido… podem ver um teste comparativo em baixo.

Note-se que a intenção deste artigo não é fazer qualquer tipo de análise, iy dizer bem ou mal quer do Note 10, ou do Mate 20 Pro. Os telefones referidos neste artigo foram esses por serem dois telefones mediáticos e que mostram esta realidade, sendo o Mate 20 Pro o melhor telefone de 2018, e o Note 10 o melhor de 2019. Mas a ideia não é sequer comparar os dois, mas sim mostrar um de muitos casos onde modelos mais recentes não se revelam verdadeiramente justificativos da diferença de custo.

Esta é uma realidade actual de mercado, e onde quem compra pode ter isso em conta. E isso é o relevante, o perceber-se que actualmente, é possível comprar mais barato… e igualmente bom!



Este é um dos motivos pelo qual o mercado está a mudar. Mostram as sondagens que actualmente a maior parte das pessoas troca de smartphone apenas de 2 em dois anos. Num estudo de 2016 vemos que 72% das pessoas mantêm o seu smartphone por 2 anos ou mais, uma percentagem que acreditamos só tem tendência a crescer com o passar dos anos, conforme vemos pela tendência de aumento do tempo de manutenção dos telefones, visível na segunda imagem abaixo.



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