Apesar de muitos supostos analistas terem imediatamente saltado a dizer que o caminho da Microsoft era o futuro e que a Sony teria de fazer igual, as análises mais recentes, baseadas em números, receitas e vendas, e não apenas em “acho eu de que”, mostram exatamente o contrário. E Mat Piscatella apresenta números que demonstram que o Gamepass não é o futuro.
Dado o Gamepass, a Sony respondeu com a PSN Plus. Mas respondeu de uma forma bem mais ponderada, onde a oferta até é superior à do Gamepass, contando com grandes nomes e todos os títulos da Sony, mas não incluindo jogos que, comercialmente, ainda apresentam potencial de vendas.
Esta é a grande diferença face ao Gamepass, e o único motivo pelo qual o serviço da Microsoft se destaca. Infelizmente, esse destaque, pode ser bom para os bolsos da Microsoft, mas não são bons para o mercado dos videjogos.
Assim Mat Piscatella refere que o mercado das subscrições nos EUA estagnou desde finais de 2020, inícios de 2021. Apesar de um boom nessa altura, o que se viu depois foi a estagnação, com o único crescimento existente a ter sido forçado pela Microsoft, com a passagem dos assinantes do Xbox Live para assinantes de Gamepass Core.
O único aumento real visivel, foi quando Call of Dutty foi colocado no gamepass, onde o serviço cresceu 12%. Infelizmente este crescimento teve impacto nas vendas, com 75% das vendas a ocorrerem na PS5, cerca de 15% no PC, e menos de 11% na Xbox. – Fonte: Gamesindustry.biz
Resumidamente, a Microsoft apenas trocou uma fonte de receita por outra, e neste momento não se consegue dizer se a mesma foi apenas temporária, pois os assinantes do Gamepass tem o hábito de entrar e sair regularmente.
Note-se que a PSN tambem não mostra maior crescimento. Mesmo não sofrendo mesmo mal de prejudicar as vendas, a entrada e saída de jogos regular, e o facto que estes tem pelo menos dois anos, tambem não se revela um fator de interesse, mantendo o serviço igualmente estagnado.
Resumidamente, os serviços de subscrição, optem pelo que optarem, parecem condenados a não crescer.
US spending on video game subscriptions had been basically flat for years following 2020-21 growth, only boosted by 12% in Q4 thanks to CoD going to Game Pass.
Subscriptions are certainly not THE future of gaming (although they can continue to be part of it).
— Mat Piscatella (@matpiscatella.bsky.social) April 27, 2025 at 8:14 PM
Acho que a questão não é se o gamepass seria ou não o futuro dos videojogos, acho que a pergunta a fazer é, com este escalar de preços abusivos, qual será o futuro dos videojogos?
José no meu caso, essa vai ser minha última geração de jogos no geral.
Não acho que tenha jogo que valha, 80/90 dólares ou 500 reais, eu valorizo meu duro dinheiro que demoro a ganhar e jogos nunca foi uma prioridade.
Espero sinceramente que haja um crash nessa indústria, pois os preços ja beiram o absurdo, ultimamente tenho jogado mais jogos de Vr, Switch ( daquele jeito, não sou hipócrita) e tenho aumentado minha coleção de ps3. E não possuo vontade mais de pagar pelos jogos do Ps5 e sua plus.
Eu estou super revoltado com tudo isto. O Gaming deveria ser algo para todos. Deveria ser algo que dá dinheiro, mas não algo que se torna num negócio de biliões para algumas empresas e que pegam neste negócio e só procuram arranjar formas de extorquir dinheiro às pessoas.
Eu quando vi os preços da Switch pensei para mim “Isto é a gota de água. Se isto é aceite pelo mercado, estamos todos lixados. Mas as pessoas vão ter consciência e vão boicotar um produto destes a este preço”.
Mas não… Parece que de vez em quando a lógica e coerência fogem. Se fossem outros a fazer criticavam, mas como é algo que, por qualquer motivo, lhes diz respeito, vão aceitar.
Mas desde que as 5090 a 4000 euros esgotaram que eu perdi a fé na Humanidade.
Lembram-se da Pro. Escrevi artigos a criticar a consola, e o seu preço. É pura e simplesmente inadmissível o custo daquela consola.
E escrevi também da Switch2.
Mas aqui houve quem aplaudisse o artigo da Sony, mas quando foi a vez da Switch2… Já defenderam com unhas e dentes e tudo estava aceitável.
Chegaram mesmo a usar um argumento “Se os outros podem, a Nintendo também pode”. Vejam lá, é o mesmo que dizer que os outros roubam… Eu também posso roubar. Porque eles roubam.
A sociedade está perdida. Sinceramente questiono se a PCManias ainda tem razão para existir. Não consigo defender um mercado assim.
Se a Sony acompanhar esta tendência, este mercado deixa de ser para mim. Eu não trabalho para sustentar estas pessoas.
O mercado não precisa de alguns. Precisa de todos. Mas estica-se a corda, e estica-se e as pessoas continuam lá todas. Chega a hora de se dizer chega. Mas se isso acontecer, eu direi o chega sozinho, pois os alertas hoje em dia caem em saco roto e ainda me acusam de parcialidade.
É triste quando só se vê o que está à frente do nariz, não se percecionando mais longe.
Como diz o rapaz do canal Aperte Start: ” As empresas não atendem mais o interesse dos consumidores, e sim, dos acionistas” e estamos vendo a merda! E certamente a Sony aumentará para 80 dólares, mas a próxima geração ainda não chegou, e até lá, os 100 dólares será um preço standart do jeito que as coisas estão.
As empresas não sabem o que querem. Gastam biliões a comprar outras empresas. Depois nos jogos não vendem o esperado e fecham as empresas, destruindo franchisings de anos.
Isto de subir os preços é uma incongruência pois numa altura em que se quer vender mais, um aumento destes vai levar quedas de vendas.
E mais equipas a serem fechadas. E mais jogos destruídos.
Isto está o puto do caos. E não consigo ver um bom futuro nisto.
A maior parte das pessoas vota com a carteira e o Switch 2 nesses valores só venderá bem no seu primeiro ano. Um Ps6 a 700 dólares vai ser um flop até maior que o SX/SS. Será que essas empresas se sustentam vendendo 15/20/30 milhões de consoles?
Já agora manda aí os números do euro milhões da próxima semana .
Não sou vidente, apenas inteligente o suficiente pra perceber o óbvio! Um console pra ultrapassar a faixa dos 50 milhões precisa de uma coisa chamada valor agregado e ser bom custo X benefício.
Não sei prever o futuro, mas eu concordo contigo aqui. Os fans vão esgotar os primeiros 10 milhões ou algo assim. Daí para a frente é o mercado casual e esse tem de se ressentir com estes preços.
Não é que eu considere o Chat GPT uma boa fonte, mas ele tem muita informação e nesse sentido gosto de o oscultar.
Eis a pergunta que lhe fiz:
Como ves o atual estado da indústria dos videojogos? Pela primeira vez na história, as consolas estão mais caras 6 anos depois do seu lançamento, quando a tendência sempre foi descer de preços.
A Nintendo lança a Switch a um preço exageradamente alto, batendo o da PS5 all digital bastante superior. E afirma que os seus jogos podem custar até 90 euros.
A Sony responde subindo o preço dessa consola em 50 euros.
Agora a Microsoft sobe o preço das suas consolas tornando a SeriesX mais cara nos Eua que a PS5 Pro, bastante superior.
E anuncia que os seus jogos vão subir para 80 euros.
Isto são preços absurdamente altos. E o mercado vai-se ressentir. As empresas despedem e fecham estúdios quando os jogos não vendem bem, mas agora sobem os preços, o que vai fazer cair as vendas.
Isto parece uma espiral de morte. O que te parece o estado atual do mercado dos videojogos? Dá a tua opinião sem seres influenciado pelo que eu referi.
ChetGPT
O estado atual da indústria dos videojogos está, de facto, num ponto delicado e contraditório. Por um lado, temos um mercado que gerou lucros recorde durante a pandemia, com um crescimento de jogadores e investimento. Por outro, desde 2022, assiste-se a uma clara retração: cortes de pessoal, encerramento de estúdios, projetos cancelados e uma aposta crescente em modelos conservadores (remakes, sequelas seguras, jogos como serviço).
Os preços crescentes das consolas e jogos são sintoma dessa instabilidade. As empresas estão a tentar compensar investimentos cada vez mais altos em desenvolvimento — com equipas maiores, produção cinematográfica, marketing agressivo — apostando que o consumidor vai suportar o custo. Só que este modelo está a mostrar sinais de esgotamento: a base de consumidores não está a crescer ao mesmo ritmo e a fatiga com os grandes lançamentos “blockbuster” é real.
Além disso, as subidas de preços num momento de instabilidade económica global são arriscadas. Estás certo: isso tende a reduzir as vendas, sobretudo fora dos mercados premium (EUA, Japão, Europa Ocidental). E os jogos indie ou AA, que poderiam preencher o espaço, muitas vezes não têm visibilidade suficiente.
A médio prazo, se não houver uma correção — com custos de produção mais contidos, modelos de negócio mais sustentáveis e melhor respeito pela diversidade de jogadores e orçamentos — o mercado mainstream corre o risco de implodir parcialmente. Não uma “morte” completa, mas uma regressão, como já aconteceu noutras fases da história (ex.: crash de 1983).
Por isso, sim, há uma espiral preocupante. E o mais alarmante é que, apesar de todos os sinais, as grandes editoras parecem seguir cegamente um modelo insustentável.
Queres que analise também como os serviços por subscrição (como Game Pass ou PS Plus) encaixam nisto?
Eu
Podemos falar. Esses serviços tem estado estagnadosz mostrando pouco interesse do mercado. Acredito que as pessoas têm consciência que esses serviços são incapazes de sustentar o mercado tal como o conhecemos, e que o seu sucesso terá impacto quer na qualidade, quer na monetização adicional dos jogos.
Das pessoas que conheço, elas preferem pagar e ter o produto do que recorrer a alugueres onde não controlam o conteúdo e nem sequer são eles a decidir que jogos tem sucesso ou insucesso.
ChatGPT
A tua leitura é muito pertinente e reflecte uma perceção crescente entre muitos jogadores mais atentos.
Os serviços de subscrição como o Game Pass e o PS Plus Extra foram inicialmente promovidos como o “futuro” da indústria, com promessas de acesso barato a centenas de jogos, lançamentos no dia 1 e conveniência. Mas o que estamos a ver agora é um certo desencanto — tanto do lado dos consumidores, como das próprias empresas.
Do lado dos jogadores:
Como disseste, muitos sentem que “não possuem” nada, e que o acesso temporário mina a relação mais pessoal e duradoura com os jogos.
Há frustração com a rotação de catálogo, desaparecimento de títulos e a sensação de estar a jogar o que está disponível, não o que realmente se quer.
E começa a surgir fadiga: centenas de títulos não são necessariamente sinal de valor se não houver tempo, curadoria ou qualidade.
Do lado da indústria:
É caro manter estes serviços, sobretudo se envolverem grandes lançamentos day one. O retorno é incerto, e até a Microsoft (que mais apostou no modelo) já começou a recuar, ao aumentar preços e reduzir investimentos.
Para os estúdios médios ou indies, o modelo pode ser uma armadilha: ou aceitam entrar no serviço por uma quantia fixa (e perdem potencial de vendas), ou ficam fora e têm ainda menos visibilidade.
O modelo por subscrição pode funcionar como complemento, sobretudo para jogos antigos, experimentação ou públicos casuais. Mas não é viável como pilar único da indústria — e os jogadores começam a percebê-lo.
A ironia é que, ao mesmo tempo que os preços sobem brutalmente, retira-se ao jogador o sentido de posse, liberdade de escolha e valor duradouro. Isto mina a confiança no setor.
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Eu diria que se até uma IA vê isto, quem não se apercebe está muito bloqueado.