Riot Games reforça combate aos batoteiros

O seu sistema anti cheat é bastante intrusivo, mas ou é isso, ou ver os jogos destruídos por inconscientes.

Como sabes, sou totalmente contra a batota nos jogos. Aimbots, wallhacks e outros são situações que entendo serem desonestas e usadas por pessoas cuja definição que lhes dou seria fortemente insultuosa para se colocar aqui.

Como já contei aqui várias vezes, joguei Unreal Tournament e e Unreal Tournament 2004, tendo mesmo a minha equipa sido campeã nacional, e das melhores a nível europeu. Talvez por isso, porque era mesmo bom naquele jogo, tenha ganho algum ódio aqueles que usavam cheats para ganhar superioridade.

Sinceramente, consigo compreender o prazer de ganhar porque se superou todos os outros. Mas o ganhar porque se comprou uma cheat… Entendo como sendo das maiores desonestidades intelectuais que uma pessoa pode realizar a si mesma. Não só a pessoa na realidade não ganha nada, como mostra a sua incompetência em ganhar, e uma moral e fibra demasiadamente baixa ao recorrer a algo que estraga o jogo dos outros, apenas com o intuito de ver o seu nome no ecrã, entre os melhores, ignorando que não é ele, mas sim a máquina, e recorrendo à batota, que está a conseguir a posição.

As o pior nem é isso, é o arruinar-se o jogo para aqueles que, tendo também pago o jogo, o vêem arruinado perante a presença destas pessoas.

E nesse aspeto, aplaudo todas as medidas anti cheat existentes, por muito intrusivas que sejam.

A Riot Games é uma das empresas que sofre com esses batoteiros. Criadora de jogos como Valorant e League of Legends, a empresa é assolada por estes batoteiros, e como tal criou o seu sistema anti batota chamado Vanguard.

O seu sistema anti-cheat é o que se pode considerar como bastante intrusivo dado que ele corre permanentemente no computador mesmo que não se esteja a jogar, mas infelizmente ele é considerado como a única forma de se combater os sistemas de cheating cada vez mais avançados que vão sendo criados e de se preservar a integridade dos jogos, e preservar o valor de quem paga por eles.

Basicamente, o Vanguard é um sistema anti-cheat com acesso ao nível do kernel, que permite à Riot detectar e bloquear batotas em jogos como o Valorant e o League of Legends antes mesmo de estas entrarem em funcionamento.

Ora apesar de potenciais críticas, os resultados falam por si: menos de 1% dos jogos de Valorant têm batoteiros.

O sistema anti-cheat tira partido de funcionalidades de segurança do Windows como o Secure Boot e o TPM para evitar alterações maliciosas, identificando o hardware dos batoteiros para evitar reincidências. Da mesma forma, membros da equipa mais o criam, infiltram-se em comunidades de criação de batotas para identificarem novidades e batoteiros. Curiosamente, algumas batotas menores são deixadas passar de propósito, de forma a atrasar os criadores e a manter as batotas controladas.

Infelizmente, as atuais batotas, nem sempre acontecem dentro do PC. Algumas recortem a hardware especializado como dispositivos DMA e leitores de ecrã, que funcionam como aimbots externos. Basicamente há um hardware externo ao PC que executa o jogo, que see destina a iludir o Vanguard. No entanto, a Riot diz que consegue detectar a maioria destes sistemas.

Estes sistemas de topo, para não serem detetados, têm que adicionar imperfeições para simular o comportamento humano, e assim sendo limitam a sua atuação, permitindo apenas que um jogador mais fraco se consiga manter ao mesmo nível de um jogador de alto nível. A diferença é que, para tal, teve de investido uma quantia significativa no hardware necessário.

Naturalmente que no mundo que temos, a forma como este sistema é intrusivo vai ser criticada. Mas pessoalmente aplaudo a sua existência, e a forma aberta como a Riot fala dele, explicando como ele se torna necessário sob pena de destruição do online.