Call of Duty e Battlefield vão exigir Secure Boot e TPM 2.0 no PC

A ideia é o combate às alterações no jogo, incluindo pirataria, hacks e cheats.

Diga-se que nem o Secure Boot, nem o TPM 2.0 são sistemas criados com o intuito de combater a pirataria. Mas no entanto eles podem-no fazer! Mas mais do que isso, podem acabar com os hacks, cheats e outras alterações aos jogos. E nesse sentido, os próximos Call of Dutty e Battlefield vão passar a exigir o suporte aos dois.

Isto porque estes sistemas podem dificultat a execução de software não autorizado ou malicioso. Vamos analisar cada um deles

TPM 2.0

O TPM é um chip de segurança integrado ou um módulo de firmware que fornece funcionalidades criptográficas para proteger dados e verificar a integridade do sistema. Nos jogos, ele pode ajudar a prevenir pirataria e hacks da seguinte forma:

  1. Verificação de Integridade do Sistema:
    1. O TPM armazena chaves criptográficas e medições do estado do sistema (como hash do software e firmware). Isso permite verificar se o sistema operacitivo, drivers ou jogos não foram modificados por hacks ou cheats.
    2. Se um hack tenta alterar arquivos críticos do jogo, o TPM pode detectar essas mudanças, impedindo a execução do software comprometido.
  2. Proteção contra Pirataria:
    1. Jogos protegidos por DRM (Digital Rights Management) podem usar o TPM para garantir que apenas cópias legítimas sejam executadas, vinculando a licença do jogo ao hardware específico do usuário.
    2. O TPM pode criptografar dados do jogo, dificultando a engenharia reversa ou a criação de cópias piratas.
  3. Prevenção de Cheats:
    1. Alguns sistemas anti-cheat (como o Valorant Vanguard) utilizam o TPM para garantir que o ambiente de execução do jogo não foi comprometido. Ele verifica se o sistema está em um estado confiável antes de permitir o acesso a servidores online.
    2. Isso dificulta o uso de ferramentas de trapaça que modificam o comportamento do jogo ou injetam código malicioso.

Secure Boot

O Secure Boot é uma funcionalidade do UEFI que garante que apenas software assinado digitalmente e confiável seja carregado durante a inicialização do sistema. Mas ele ajuda a combater pirataria e hacks em jogos da seguinte maneira:



  1. Bloqueio de Software Não Autorizado:
    1. O Secure Boot impede a execução de sistemas operativos, drivers ou softwares de boot não assinados. Isso dificulta a instalação de ferramentas de pirataria ou cheats que dependem de modificações no nível do sistema.
    2. Por exemplo, muitos hacks exigem a desativação do Secure Boot para carregar drivers não assinados que manipulam o jogo. Daí que se o jogo o obrigar, esses hacks ficam logo de fora,
  2. Proteção contra Rootkits e Malware:
    1. Hacks e ferramentas de pirataria muitas vezes utilizam rootkits para obter acesso privilegiado ao sistema. O Secure Boot impede que esses rootkits sejam carregados durante a inicialização, reduzindo o risco de comprometimento.
  3. Integridade do Ambiente de Jogo:
    1. Jogos online, especialmente aqueles com sistemas anti-cheat robustos, podem exigir o Secure Boot para garantir que o sistema do jogador não foi modificado para executar cheats. Isso cria um ambiente mais seguro para partidas multiplayer.

Ora se eles em separado funcionam como referido, em conjunto o resultado é superior.

Como Eles Trabalham Juntos

  • Sinergia: O TPM 2.0 e o Secure Boot complementam-se. O Secure Boot garante que o sistema inicie apenas com software confiável, enquanto o TPM verifica a integridade contínua do sistema durante a execução. Juntos, eles criam um ambiente seguro que dificulta a execução de jogos piratas ou a injeção de cheats.
  • Exemplo Prático: Em jogos como Valorant ou Call of Duty Warzone, sistemas anti-cheat podem exigir que o TPM e o Secure Boot estejam ativados para verificar a legitimidade do hardware e do software, bloqueando jogadores que tentam burlar essas proteções.

Estes sistemas em si possuem limitações, sendo que as principais acabam por ser:

  • Desativação Manual: Os utilizadores podem desativar o Secure Boot ou ignorar o TPM, mas no entanto, se isso se tornar um requisito do jogo, temos aqui um bloqueio do acesso a esses jogos ou aos seus servidores online que exigem essas funcionalidades.
  • Impacto em Sistemas Antigos: Dado que nem todos os dispositivos suportam TPM 2.0 ou Secure Boot, basicamente isso afasta hardware antigo, mas capaz, assim como basicamente obriga ao Windows 11, que tem suporte a estes sistemas.
  • Sofisticação de Hacks: Naturalmente quando há um anti-hack… irá haver um novo hack, e certamente versões futuras dos hacks mais avançados podem tentar contornar essas proteções, embora isso seja significativamente mais difícil com essas tecnologias ativadas.



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Bruno
Bruno
22 de Agosto de 2025 14:35

Com tanto cheater nem sei se vai aumentar ou diminuir o número de players… Contudo usar hacks é mesmo horrível foi o que me fez afastar na altura do cs 1.6 … No PC é impossível jogar cod ou cs há mais cheaters que jogadores honestos

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