ICE Team reforça a ideia que não é o hardware que conta, mas como se o usa.

Mais potente, menos potente. A potência conta no hardware, mas se não se souber explorar o que ali está, deixando a potência desaproveitada, a mesma de nada adianta. E esse é o bónus das consolas face aos PCs.

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Todos sabemos perfeitamente que uma consola pode debitar muito mais do que um PC. Battlefield 4 corre, com os devidos cortes, na PS3 e Xbox 360. No entanto, nenhum PC, mesmo topo de gama, da era em que essas consolas foram lançadas, consegue corre o jogo (mesmo com os mesmos cortes). É a prova do poder de optimização que Cort Stratton da Ice Team, a equipa da Naughty Dog responsável pelo software da Playstation 4 (API/Drivers, OS, etc), chamou à atenção.

Uma das queixas de muitos utilizadores é que a nova consola da Sony, apesar de se ter revelado a mais potente da nova geração, está bastante longe daquilo que os actuais PCs de topo podem oferecer.

E Cort Stratton concorda com o evidente. Efectivamente a PS4 não é um hardware topo de gama e que como tal nasce ultrapassada.



Bem, o certo é que a PS4 também não custa o que custa um PC topo de gama, mas seja como for, será que há motivos para receios?

Corton é da opinião que isso não é verdadeiramente relevante. Elogiando os colegas programadores de consolas, este refere que puxar pelo hardware ultrapassado não é certamente uma tarefa fácil. Mas como não podia deixar de ser, cita The Last of Us e a Playstation 3 como exemplo, referindo que esse jogo compete com os melhores jogos AAA de PC a nível de visuais. E isso só acontece porque retirar 5 a 10 anos de performance de um hardware imutável é o que os programadores de consola sabem fazer e muito melhor que qualquer outro programador.

Nesse sentido cita uma realidade. A PS3 é um hardware de 2005/2006. No entanto, comparem The Last of Us que foi lançado em 2013 com os jogos AAA de 2005 e podem ter uma ideia de como foi possível trazer um jogo de topo para um hardware que nunca seria esperado que fosse capaz de tal.

Esta é uma realidade que já referimos aqui. Os jogos de PC de 2006 não são sequer comparáveis aos que saem actualmente para a PS3 e Xbox 360. Vejam GTA V como um outro exemplo do que se pode fazer com estas consolas e que nunca poderia correr nos PCs de 2005.

Naturalmente que a comparação que Corton refere se deve a novas técnicas de programação e a APIs de baixo nível. E se as primeiras continuarão a evoluir, a segunda situação, que sempre separou PCs de consolas, irá deixar de existir. Mas isso no entanto terá de ser visto como um desafio adicional e não como um entrave.



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