Nintendo explica finalmente o misterio do VRR na Switch 2

A consola tinha sido anunciada como suportando VRR, mas depois a referência foi retirada do website de muitos países.

Está explicado o mistério do VRR que desapareceu na Switch 2.

A Nintendo veio esclarecer que a sua consola suporta apenas VRR no ecrã portátil da sua consola, mas não nas TVs.

Apesar de a Nintendo não ter explicado mais nada, numa primeira análise só parecem existir duas explicações plausíveis para esta situação.

Nota: O texto que se segue contém considerações não baseadas em dados oficiais.



Uma é a falta de suporte software (pouco provável), a outra é a consola estar a usar um HDMI 1.4, ou uma versão cortada do HDMI 2.0

Esta última hipótese é a explicação mais provável. Repare-se que o uso do GSync nativo requer uma ligação Display Port, e o monitor interno deverá ter essa ligação. Os ecrãs externos não podem usar Display Port, ficando remetidos ao HDMI, pelo que a compatibilidade com o Freesync teria de ser a solução.

E é muito pouco provável, apesar que não impossível, que a impossibilidade se prenda com este software que a NVIDIA já possui há muito tempo implementado nas drivers para PC.

Para além do mais, se a questão fosse software a explicação da Nintendo certamente diria que a situação era temporária, o que não foi o caso.

Assim sendo, qual a explicação que parece restar? A situação mais plausível é mesmo que a consola, por questões de custo, tenha optado pelo uso de HDMI 1.4 ou cortado pistas ao HDMI 2.0. O HDMI 1.4 tem uma largura de banda de 10.2 Gbits, o que é reduzido para o uso do VRR. Da mesma forma, se o HDMI 2.0 tiver menos pistas, poderemos cair na mesma situação.

E isto porque o VRR com um HDMI 2.0 completo e especialmente um 2.1, é possível (o VRR no HDMI 2.0 fica limitado a 60 fps a 4K, mas funciona em pleno em todas as resoluções inferiores). Para isso há que se usar a compatibilidade do Gsync com o Freesync. E se aqui não a temos a explicação mais simples passará pelo facto de o requisito mínimo do HDMI 2.0 standard não estar cumprido.



Vejamos o seguinte caso:

Um jogo com HDR (10 bits de cor), a 1080p 60 fps requer 5.57 Gbits (estes valores são tabelados), o que é bem abaixo dos 10,2 Gbits do HDMI 1.4 e ainda mais de um cabo HDMI 2.0 com menos pistas.

Da mesma forma, um jogo a 4K 30 FPS é possível pois ele gastaria 8.91 Gbps.

Podemos no entanto reduzir a informação de cor para 4:2:2 e isso já permite o HDR a 4K 30 FPS. Eventualmente até mais, se o cabo for HDMI 2.0, mesmo que com pistas cortadas

E podemos até usar 4K 60 fps, sem HDR, se a informação de cor for 4:2:0. Talvez 4:2:2 se for um HDMI 2.0, mesmo que com menos pistas.



A questão é que, mesmo o HDMI 1.4 não invalida nada do anunciado pela Nintendo, apesar que a 4K 30 fps não é possível o uso de HDR, pois os requisitos subiriam para os 11.14 Gbps. Isto seria já possível com um HDMi 2.0 com menos pistas.

Daí que, caso estejamos perante um HDMI 1.4, facilmente teremos a confirmação no futuro com uma potêncial análise a estas situações de côr. Atêé porque 1440p, 10 bits, 120 fps terá de ser 4:2:0. A situação será mais difícil de detectar se o HDMI 2 estiver lá, pois teremos menos pistas.

Agora o certo é que se no mesmo jogo a 1080p com HDR, o refrescamento subir a 120 Hz, o que o VRR faz, por exemplo com 40 FPS, a largura de banda já sobe para os 11.14Gbits, impossibilitando o uso no HDMI 1.4, e obrigando ao corte na cor para 4:2:2. Note-se que apesar de os fps não serem reais mas repetidos, eles são transmitidos à TV, usando largura de banda no cabo.

Daí que, sem sabermos ao certo o que se passa com a Switch, esta situação enquadra-se como uma luva numa potencial explicação. E não seria nada de anormal. A Sony na sua PS5, também cortou algumas pistas no seu HDMI 2.1, de forma a poupar um pouco no custo da consola. Daí que, nesta consola, para as resoluções que vai ter, o HDMI 1.4 seria uma solução económica que se adaptaria à realidade da consola, e cujo único inconveniente que teria… Seria exatamente o vrr e alguns cortes na cor que passarão despercebidos em 99% dos casos. Um cabo HDMI 2.0 com menos pistas também traria poupanças, mas menos cortes.

Daí que, apesar de não haver ainda certezas, avançamos com esta hipótese. Vejamos o que o futuro nos mostra. Mas a apostar numa justificação, com os dados que atualmente existem (poucos ou quase nenhums), esta é a escolhida.





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Tiohildo
Tiohildo
17 de Maio de 2025 14:12

Economias porcas da Nintendo. Por que não colocar HDMI 2.1 de uma vez? Inacreditável

Andrio
Andrio
Responder a  Tiohildo
17 de Maio de 2025 16:41

Pois é, um console que vai sair em 2025 e durar uns 5 anos saindo com algo extremamente defasado.

Lívio
Lívio
Responder a  Tiohildo
17 de Maio de 2025 22:15

Fica para o Switch 2 Pro

KillBoxOneDelta
KillBoxOneDelta
17 de Maio de 2025 20:50

Nunca usei VRR. Quando o jogo passa dos 60 FPS travo em 60. Quando esta abaixo de 60 travo em 30. Pra nao ficar variando de 30 a 60.

Existe a opção tambem de baixar de 2560×1440 para 1920×1080. Que em uma tela de 15.6′ fica ainda com uma qualidade espetacular mesmo assim.

(*correção grafia errada)

Last edited 8 horas atrás by KillBoxOneDelta
KillBoxOneDelta
KillBoxOneDelta
Responder a  Mário Armão Ferreira
17 de Maio de 2025 23:23

Minha tela do Alienware tem Nvidia GSync então não tenho tearing nem stutters. Então quando baixo algo pra 1080P travo em 60. Porque se eu deixar solto fica muito acima disso. Tem jogo que ultrapassa até os 144Hz da tela.

Quanto a qualidade de imagem. 1080P numa tela de notebook devido ao tamanho e densidade de pixels. Fica excelente.

Mesmo minha tela sendo 2K.

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