Se a ideia é realmente proteger a PlayStation, os exclusivos têm de voltar.
Vamos olhar para o passado. Nos seus primórdios, as consolas eram hardware especializado. Tão especializado que no início ele era mesmo feito para correr um único jogo.
Claro que as coisas mudaram e o hardware tornou-se genérico e capaz de correr vários jogos, mas mesmo assim ele era criado de propósito com o intuito de ser optimizado para jogos. Ao ponto que, por ser hardware novo a cada geração, e haver concorrência na área, os exclusivos se terem tornado a sua maior ferramenta de vendas.
Esse conceito de criar hardware proprietário durou até à PS3, sendo que nessa altura ele revelou um conjunto de enormes fragilidades.
Para começar o custo da criação e desenvolvimento desse hardware disparou. Criar um sistema proprietário tornou-se super custoso e nada viável. Mas a isto associou-se um segundo ponto ainda mais relevante, e que acabou por ditar a morte deste conceito.
Este segundo ponto é o conhecimento do hardware e da arquitetura. Basicamente, com o lançamento de um novo hardware a cada geração, os programadores tinham de começar do zero, sendo que quando conheciam e dominavam a máquina era já altura de outra geração. Já do outro lado, o PC corria uma arquitetura x86 com décadas de existência e que os programadores dominavam e onde, devido a tal, facilmente espremiam o hardware ao extremo.
Este conjunto de fatores ditou a passagem das consolas para uma arquitetura x86. Tornava-se mais barato personalizar o hardware, mas partir de bases pré existentes, assim como era vantajoso para os programadores que a base fosse aquela que eles aprenderam a dominar ao máximo ao longo de décadas, o x86.
Mas mais ainda, o manter esta base de arquitetura permitia daí para a frente uma retro compatibilidade por hardware que antes não era possível.
E assim sendo, as consolas passaram a adoptar uma base x86.
A questão desta base é que ela trouxe com ela outras implicações. A primeira é a rápida evolução da performance do hardware nesta arquitetura, e a segunda, a perda de noção dos fabricantes de um teto de custos de produção desse hardware. E com os GPUs PC de topo a alcançarem os 3000 euros, as consolas, que são criadas para serem acessíveis, não conseguem competir a nível de performances.
A piorar a coisa temos que, mesmo na questão do preço, a competição apenas pode durar alguns anos, pois o lançamento de novo hardware acaba por tornar o anterior mais barato, oferecendo assim soluções mais económicas para que o PC possa combater com o hardware personalizado das consolas.
A solução das consolas é, assim, a aposta em hardware cada vez mais personalizado, algo em que a PS5 já apostou. Mas a Microsoft acabou por trazer para o PC uma solução que colmatou essa diferença, aproximando mais uma vez os lados. E com a futura aposta da Microsoft no PC, a possibilidade dessa diferença que as consolas tentam criar ser colmatada aumenta ainda mais.
Resumidamente, as consolas não estão seguras se jogarem pelos padrões x86 standard.
Ora as implicações de um PC x86 que consegue converter os jogos todos existentes nas consolas, e correr os mesmos até melhor, já a vimos na Xbox. Pura e simplesmente, quando os jogos da Xbox estão no PC, o argumento para se possuir uma consola desaparece. E assim sendo a Xbox decaiu e encontra-se neste momento em cuidados paliativos, com fracas vendas.
Ora a Sony também lança os seus jogos no PC. Não da mesma forma, uma vez que apenas o faz quando comercialmente estes ficam mortos na PlayStation, mas mesmo assim lança-os. Não todos, mas a maioria!
Essa situação pode até trazer algumas vantagens a nível de rendimento extra, mas traz outras desvantagens, nomeadamente a desvalorização do interesse na PlayStation. Uma situação que a Sony pensou e até ao momento entendeu compensar.
A grande questão é que a aposta da Microsoft no futuro será forte no PC, com uma consola compatível com este. E isso implica que os jogos PlayStation irão acabar nas suas consolas. Ou por outras palavras, a aposta no PC poderá ser um risco imensurável.
Nesse sentido a Sony necessita de algo que seja o separador de águas. Algo que a torne atrativa de forma única. E isso implica o corte do suporte PC com os seus jogos a voltarem a ser exclusivos.
Isso não significa que a Sony corte totalmente com o PC e as potenciais receitas deste. Ela até deve manter esse suporte com os GAAs, mas a questão é que deverá manter os seus jogos single player fora do PC, criando assim o elemento de interesse na consola que se outra forma desaparece. E todos sabemos que no campo dos jogos single Player, a Sony lidera e apresenta uma qualidade como ninguém mais oferece, pelo que o argumento de peso pode manter-se.
Isto implica um retroceder no que foi feito até agora, mas algo que se entende como necessário. Manter a plataforma exige algo separador, algo que a promova e vendam e isso implica que os seus jogos se mantenham exclusivos e apenas jogáveis na sua consola. E isso deverá ser o que vai acontecer.
Da mesma forma, a Sony, de forma a separar-se dos elementos consola que a Microsoft deverá introduzir no PC, deverá apostar numa personalização do hardware maior do que nunca, de forma a garantir o fator diferenciador para o PC, e algo que não seja facilmente superável. Não falamos de um regresso ao hardware criado de raiz, mas um manter da base, com personalizações únicas e proprietárias que não existam no PC, ou que, no mínimo, este demore algum tempo a obter.
Recorda-se que a Microsoft vai criar o seu hardware em conjunto com a AMD, pelo que poderemos ver PCs Microsoft com capacidades únicas. E isso é uma enorme ameaça à PlayStation que necessita por isso mesmo de enredar pela personalização única.
Hoje é comum ouvir de alguns divulgadores e youtubers a fala de que a Sony lança todos os seus jogos no PC, então concluem que o PC é a melhor plataforma para jogar( eles também ignoram os custos de um PC que mostre o mesmo desempenho que um console atual). Com o proposta ainda indefinida da MS lançar um PC ou PC/console Xbox, a Sony verá muitos divulgarem que o PC ou PC/console da MS roda os jogos da Sony. Este marketing será negativo e fará a Sony evitar os lançamentos no PC. Infelizmente a desinformação é hoje uma carta válida principalmente no mundo dos negócios. Se Sony não voltar a cativar e se promover na sua base de fãs , ela vai perder muito espaço na futura geração de consoles sendo a principal atitude a ser feita é confirmar a exclusividade dos seus jogos no console.
Do jeito que a Sony anda a aumentar os preços dos jogos, creio que o futuro é ela ir para o PC.
No Brasil ela aumentou o preço dos jogos em um período em que a cotação do Dólar vive em queda há meses, daí ela aumenta e justifica que a culpa é da taxa cambial.
Eu geralmente comprava os 1st party ou exclusivos console no lançamento, com essas alterações de valores eu não tenho mais ânimo de fazer isso, já foi Stellar Blade, Death Stranding 2 e não comprei, mais a frente Ghost of Youtei.
Sony tá se tornando uma Apple.
Sério, por ai está assim?
Aqui em Portugal os jogos que quero day one faço sempre pré reserva em formato fisico com no minimo 15% de desconto, o que faz com que o jogo praticamente fique igual ao preço antigo ou dependendo do valor do jogo até fique mais barato que a media.
Em exemplo o Lost Soul Aside compro por 59.49€, mesma faixa de preço dos jogos AAA de 2016…
O Death Stranding 2 com o desconto de pré venda ficava facilmente no espectro de preço do jogos AAA de 2016 que era de 59.99 a 69.99€ (Uncharted 4 era vendido a 70€), ao mesmo tempo da pré venda penso que houve uma campanha de compra 2 leva 3 também na Worten.
Claro que não ignoro o facto que acabando o desconto de pré venda os jogos estão mais caros, mas como estou sempre em cima do acontecimento só compro em pré venda ou mais tarde com promoções.
A Sony, oficialmente não subiu preços. Estão iguais a sempre.
O casondo Brasil desconheço, mas a vossa inflação é zero?
Eu li algures que a Associação Brasileira de Operadores logísticos tinha referido que os curtos de armazenamento e distribuição tinham subido e estavam acima da inflação.
Parece-me que ignorar estes dois fatores é reduzir em muito a realidade das coisas.
E ao que leio, vocês tem uma carrada de impostos nos jogos, para além de uma taxa de importação. Daí que, mais uma vez pelo que leio, vocês agora tem os jogos aos preços que eles estão no resto do mundo. Mas provavelmente com uma margem bem menor para a Sony devido a tanta taxa.
Inflação aqui no brasil não tem como saber ao certo visto que o governo atual gosta de maquiar as informações kkkkkkkk
Governo atual trabalha em 2 pautas
1 subir imposto
2 censura.
Hello Nitendo.
Quem diria grande santíssima Sony. Só ver os preços no Brasil. O tanto que me arrependi de ter comprado o PS 5 Pro. Devia ter investido em um monitor melhor para o PC. Não compro nem jogos mult mais nas plataformas da Sony.
Os ovos em Portugal aumentaram 80% um bem essencial.
Os jogos AAA Playstation aumentaram de 2016 a 2025 em média 30.77% nivelado por cima segundo o chat GPT.
Na steam o aumento medio dos AAA foi de 30% mais uma vez segundo o chat GPT
Gamepass de 2023 a 2024 teve um aumento de 64% mais uma vez segundo o chat GPT.
A minha conclusão e opinião que tudo está caro, mas pode ser apenas impressão minha!!
Já que fala no PC, segundo o Chat GPT o aumento percentual das placas gráficas topo de gama em Portugal foi de 318%.
Nos modelos Mid Range teve um aumento de 100%
Mas ai como é PC está tudo ok, viva a “poupança”!
Comprei um PC completo, monitor, mouse… Com hardware superior ao PS 5 pro. Realmente paguei o dobro. Mas de pensar no que já paguei em promoções dos jogos. Absurdo. Sem palavras. Fora os lançamentos que são mais baratos, cito Mandragora. E o fato de não ter que pagar pra jogar on-line. Monitor com tempo de resposta, input lag…É tanta coisa superior. Nem compensa ir mais no assunto
É o segredo está na sua resposta, pagou o dobro, e não tem jogo nenhum seu, é só carregar loja digital, e na realidade não tem nada.
Que o PC é superior nem existe discussão, agora relação preço qualidade/ qualidade de vida está nas consolas, sempre esteve e continua assim.
Dá uma espreitadela nos artigos recentes do Mário se queres pormenores.
Enfim PC ou consola são opções de cada um, não armas de arremesso, eu tenho os dois e no que diz respeito a jogos o PC está a apanhar pó, só não apanha mais por causa do simracing.
Ps: A unica coisa que jogo online de momento é Iracing no PC, pago e bem! Vá lá ver quanto custa para jogar Iracing no pc..e nada é meu..infelizmente.
É uma eterna guerra. Eu tenho os três: Series X, Ps 5 Pro e PC. E só não vendo os consoles hoje, por causa das bibliotecas que acumulei com o tempo. Senão xau.
Curioso que eu só mantenho o PC porque trabalho nele. Apesar de os jogos mais caros, nada como sentar-me no sofá, pressionar uma tecla e estar a jogar.
Essa estratégia da sony é falha no meu ponto de vista e só deu certo por não ter um concorrente forte. Hoje ps é só um lugar que você está pagando para jogar adiantado.
Perfeito. Esperar DS 2 pra jogar melhor e mais barato.
Acontece que ninguém sabe o dia de amanhã, ninguém sabe se vai estar vivo! As pessoas compram as coisas na hora que é novidade. E também para se jogar melhor que o Ps5 base, tu vai ver as speds necessárias do PC. Enquanto um Ps5 base vai sair 3k aqui no Brasil, o PC para batê-lo vai lá pra mais do dobro do valor.