Remedy teve prejuizos de 28.6 milhões

A Remedy está a acumular prejuizos.

Alan Wake 2 não foi o sucesso esperado para a Remedy e a empresa encontra-se a acumular prejuízos.

O ultimo quarto de 2023 trouxe à empresa uma receita de 10.3 milhões, o que representou uma quebra de 24,4% face ao mesmo período de 2022.

A situação resultou num prejuízo operacional de 12,8 milhões. Em 2022 no mesmo período o prejuízo também tinha existido, mas foi de apenas 2,1 milhões.

Os resultados para o ano ficaram então numa receita total em 2023 de 33.9 milhões, resultando num prejuízo operacional para o ano de 28.6 milhões.



Ora se olharmos para 2022, o ano ali também acabou com prejuízo, mas de apenas 0.6 milhões.

A consequência é que desde 2022 que a Remedy anda a ter prejuízos e 2023 foi tremendamente mau para a empresa.

Falta agora saber que arcaboiço financeiro a empresa possui, pois caso contrário… será mais uma a anunciar o fecho em breve!



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Trevisan
Trevisan
24 de Março de 2024 9:09

Sintomas de uma indústria que não se sustenta com o atual modelo. A aposta em gráficos de ponta, e o número alto de dinheiro que os AAA estão consumindo vão levar esse mercado a bancarrota em breve.

José Galvão
José Galvão
Responder a  Mário Armão Ferreira
24 de Março de 2024 15:29

Eu não concordo muito com a desculpa dos custos, sim eles estão mais altos que nunca mas o mercado também é mais rentável do que nunca pois tem mais fontes de rendimento do que nunca.
No caso da Remedy a coisa até é fácil de explicar, em primeiro lugar não lançam o jogo em formato fisico, logo ai levam uma talhada de todo o tamanho, depois no PC tornam o jogo exclusivo da Epic Store, alienando assim as vendas do Steam, a maior loja digital do mundo, se a isso juntares todo aquele ”live action” presente no jogo que só faz disparar os custos de produção, então não percebo qual é a surpresa.

Olha a Capcom, jogos AAA todos os anos e ainda se dão ao luxo de aumentar em 25% os ordenados, será magia?
Não, é método, método que a Remedy não tem, porque anda à anos a contratar atores de Hollywood e a fazer live actions que não servem para nada, ao mesmo tempo que se anda a queixar dos custos, a sorte deles é serem Europeus porque se fosse nos States já tinham fechado as portas.

Acho que toda esta conversa da bolha AAA estar prestes a rebentar, é ladainha ocidental, não vês esta onda de lamentação nos estudios japoneses, que continuam a produzir jogos de elevada qualidade e pasme-se, a gerar lucro ao mesmo tempo que contratam em vez de despedir.

Quando tu vês que um dev americano custa quase o dobro do resto do mundo (cerca de 100$ à hora) em projectos que demoram 4 ou 5 anos a fazer, e que é pratica habitual nos estudios ocidentais gastarem pelo menos 50% do orçamento em marketing, penso que percebes a raiz do problema.

José Galvão
José Galvão
Responder a  Edson Nill
24 de Março de 2024 19:42

Eu sei disso, a Epic comprou a exclusividade do jogo no PC, é claro que a Epic só tinha era que prestar apoio dado o investimento, mas pelos vistos a jogada de não sair no Steam saiu bem cara.

Deto
Deto
Responder a  Mário Armão Ferreira
24 de Março de 2024 15:32

estava vendo um vídeo falando também sobre o problema no cinema

“mete 300M de dólares no filme que ele vai faturar 1bi”
“faz um filme de heroi com 300M de orçamento que vai ser vitória”

Tá meio parecido os vídeo games… As vezes parece que queimaram dinheiro pq “é para gastar mesmo PQ ai as pessoas irão ver o orçamento e perceberem que a gente investiu e que é AAAA”

Eles deram exemplo do Godzilla Minus One, que custou nem 15M de dólares e levou oscar de efeitos especiais…

Tem também o Resistência que custou “pouco” e tem muito efeito especial impressionante.

Então acho que dava para fazer um BOM Horizon Forbidden West com 100M de orçamento, o dobro do Zero Dawn. Não precisava gastar 200 ou 300 milhões.

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Os BLOCKBUSTERS vão mudar!
https://youtu.be/pz66xnHNmf4?si=1ohU2w93MpskKBfu

Last edited 1 mês atrás by Deto
Juca
Juca
24 de Março de 2024 12:25

Talvez seja o caso de se terem salários tão altos ou gente gastando mais do que deveria sabe-se lá com o quê, infelizmente, todas as promessas de que a evolução tecnológica, de que traria facilidades aos desenvolvedores, parece ser uma enorme mentira, pois os tempos de desenvolvimento estão é aumentando tremendamente, com ferramentas que teoricamente facilitam todo o processo em mãos; ou isso, ou temos muita gente incompetente a fazer trabalhos para os quais não estão preparados pra fazer e que superfaturam o seu valor no mercado.

Mas claro, um problema de gestão vai além da questão de pagar funcionarios o tanto devido pelo esforço depreendido, vai em pra além de desenvolver, e sim administrar um negócio, e de saber-se pra onde vai o dinheiro. Surpreende tanto dinheiro entrando, como nunca dantes nessa indústria, nesse setor, e diversos grandes nomes à míngua, se acabando, como se tem visto.

Há alguma coisa que não se percebeu direito ainda nessa indústria, pois não está normal, deve ser alguma lógica para empurrar um novo modelo de mercado, ou quererem acabar com jogos que fizeram essa indústria ser o que é, os AAA de grandes empresas icônicas.

Do lado da Remedy, só posso imaginar que quando faziam exclusivos pra Xbox a coisa não era tão ruim assim, e que a decisão de não publicar seu jogo em mídia física me parece ter só piorado a situação (embora pudesse resultar em prejuízo ainda maior). Com isso quero dizer que a Remedy fez sucesso no Xbox (com Alan Wake e Quantum Break), esse que agora definha com seus consumidores com maus hábitos de consumo – tipo esperar pra alugar – , e no PC (com um game com muito mais ação Max Payne) e não tem grande histórico no PS que, basicamente, só recebeu Control, que é um bom jogo, na minha opinião, e um remaster tardio de Alan Wake, não dando pra ter muitos consumidores a esperar por seus novos jogos deles no PS, pois não foram cativados a isso, era uma responsabilidade maior do público que cativaram com o tempo.

Então, infelizmente, é como tudo na vida, se insistir no que não está resultando, simplesmente pode ser o fim. Sobre o Alan Wake 2 em si, talvez a Remedy deva primeiro descobrir quem é seu público e adequar o orçamento dos seus jogos ao tamanho daquele, porque não dá pra ter ideias faraônicas onde quem não banque os delírios do faraó. Às vezes ,dá um passo atrás, pra ver as coisa com clareza, é o melhor a se fazer.

Last edited 1 mês atrás by Juca
Juca
Juca
Responder a  Mário Armão Ferreira
24 de Março de 2024 15:20

Eu, particularmente, não comprei ele por não ter formato físico, e o mesmo posso dizer de Baldur’s Gate 3. Mas assim, não posso tomar meus hábitos como o de todos.
Obviamente que o jogarei em algum momento, mas meio que passou aquela vontade primária aquele frisson… Por hábito, e até pra estar apoiando a indústria de que gosto, sempre compro, ao menos, um lançamento por mês, ou tento gastar o equivalente,adquirindo jogos. Quase sempre tenho optado por comprar um lançamento em mídia física, digitais ficam por conta apenas de promoções em algum jogo que me passou ao lado, ou os de VR, onde não se tem outra opção senão os digitais. Mas é isso, acho que as coisas precisam ter timming e as pessoas precisam ser cativadas, que muito provavelmente que darão o devido retorno, na grande maioria das vezes.

Last edited 1 mês atrás by Juca
Alexandre Oliveira
Alexandre Oliveira
Responder a  Juca
26 de Março de 2024 16:04

Juca,
Baldur´s Gate 3 vai ter versão deluxe fisica para todas as plataformas incluindo PC (embora para PC seja necessário conexão á internet ao contrário das consolas….), assim que sair é compra certa.

Tiohildo
Tiohildo
24 de Março de 2024 12:51

Agora fica mais claro porque não lançaram Alan Wake 2 em mídia física, muito provável de ser contenção de custos.
Uma pena, gostei bastante do jogo e daqui alguns anos ficará para sempre perdido …

Juca
Juca
Responder a  Tiohildo
24 de Março de 2024 15:30

Bem que a Sony poderia dar uma ajudinha e publicar em mídia física aqui no Brasil.

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