Sabia que filmar ou fotografar certos carros pode danificar a câmara fotográfica do seu smartphone?

Não, não é 1 de Abril. Apontar a câmara a certos automóveis pode causar danos irreparáveis no sensor ótico da sua câmara do Telemóvel.

O utilizador do Reddit, u/Jeguetelli, publicou no subreddit r/Volvo um video onde mostra a câmara do seu smartphone a fritar ao filmar um carro da Volvo.

Não, não foi uma coincidência, mas sim algo que fritaria qualquer câmara. Basicamente o dado é causado quando o laser do sistema Lidar do veiculo, acerta em cheio no sensor da câmara. Uma situação que não sabemos não poderá tambem acontecer com alguns aspiradores, dotados com este sistema.

Never film the new Ex90 because you will break your cell camera.Lidar lasers burn your camera.
byu/Jeguetelli inVolvo

A questão aqui é que a maioria dos smartphones modernos utilizam vários módulos de câmara com lentes separadas para obter diferentes distâncias de foco. E quando há um zoom para captar uma fotografia ou vídeo, os telemóveis mudam do sensor principal grande-angular para um módulo de teleobjetiva.

Ora as lentes utilizadas neste último módulo possuem uma centragem de luz mais focada pois usam aberturas mais pequenas. E se isto se revela ideial para captar objetos a longa distância, ao captar uma luz de um laser a potencia da luz fica de tal forma forte que cria danos no sensor.

Repare-se que, no vídeo, os danos só aparecem aquando da mudança para a teleobjetiva, apanhando em cheio com o laser do sistema LiDAR.

O lidar é cada vez mais comum, e é a tecnologia que permite que muitos sistemas autónomos modernos “vejam” o que está à sua volta. Ele dispara impulsos de luz laser e mede o tempo que estes demoram a atingir os objetos e a regressar, calculando assim a distância do objeto e permitindo criar mapas tridimensionais precisos do ambiente circundante.

Estes lasers são invisíveis e geralmente considerados seguros para o olho humano, mas ao que se percebe agora,  não são tão inócuos para os sensores de imagem mais delicados, como os CMOS inseridos das câmaras dos smartphones.

Mal atingidos pelo laser, os pixels do sensor sobreaquecem ou queimam. O resultado é um CMOD “frito”.

Note-se que os limites de segurança do Lidar pressupõem a exposição do olho humano e não a exposição a sensores digitais com lentes ótica de focagem.

Agora, fica o aviso: apesar de os lasers não causarem danos prejudiciais ao telemóvel em si, os módulos das câmaras podem ser afetados pelos sistemas LiDAR.