Se o Gamepass estiver a ser rentável para a Microsoft, futuro da indústria está em perigo.

Está reflexão foi realizada pela PCGamer, e é efetivamente deveras preocupante.

O artigo da PCGamer encontra-se na íntegra aqui, e recomendamos a sua leitura.

Mas aqui vamos apenas pegar em alguns pontos essenciais do que é dito.

A pergunta essencial que se coloca aqui surge da onda de despedimentos que a Microsoft fez recentemente, e que culminaram com o fecho de estúdios, mas acima de tudo com o cancelamento de imensos jogos. Porque motivo a Microsoft comprou tantos estúdios se acabou por cancelar os jogos que eles tinham e que, segundo se sabe, até prometiam, como foi o caso do Blackbirds que tanto entusiasmou Phil Spencer, e outros que deixaram outros funcionários da Microsoft entusiasmados?

Mas mais preocupante é o motivo pelo qual os empregados de uma empresa multimilionária que faz biliões em lucro devem ter mais receio de perder os seus empregos do que se estiverem numa empresa menor?



Compreende-se que o prémio de gestão de Satya Nacelles tenha subido 63% em 2024 perante este tipo de gestão, recebendo este agora 79 milhões anuais?

Se formos ouvir o que a Microsoft nos diz, eles referem que tem agora mais jogadores, mais jogos e mais horas jogadas do que nunca. Se é assim, porque motivo andam a cancelar jogos e a despedir pessoal? Não é isto uma contradição? O mercado cresce com o sucesso, retrai com o insucesso. Se há todo este sucesso porque retrair?

A realidade é que as aquisições da Microsoft tiveram um grande objetivo, que foi o alimentar o Gamepass, e a realidade é que, mesmo que este esteja a ser bem sucedido, ele está bem longe da mina de ouro que a Microsoft imaginava que seria.

De acordo com documentos apresentados em tribunal durante ao processo contra a CGD na aquisição da Activision, foi revelado que o objetivo da Microsoft era ter 100 milhões de assinantes no Gamepass em 2030. Apesar de este não ser um número oficial, fala-se que o serviço poderá ter cerca de 35 milhões de assinantes. E isto após 8 anos de existência. Tendo em conta que faltam apenas 5 anos para 2030, se este objetivo se mantém, teremos certamente de esperar mais despedimentos, cancelamentos e fechos no futuro!

Naturalmente que dá perspectiva dos gastos, e por esta apenas, o Gamepass é um serviço de grande valor. E a acreditarmos no que foi dito pelo Windows Central em Abril, que referiu um aumento da receita do Gamepass em 45%, isto mostra que a Microsoft não se contentar com milhões, querendo biliões, e que sucesso não é garantia de nada dentro desta empresa. Há algo de claramente mal quando sucesso leva a despedimentos em massa, fecho de estúdios e cancelamentos de projetos.

O mais preocupante é que o ano atual foi aquele onde o serviço teve mais exposição com o lançamento do Call of Duty no mesmo. E todos questionam se um futuro lançamento alguma vez terá o impacto do primeiro. Pior ainda, estes fechos e cancelamentos foram um acabar com a lenha que iria manter a chama do Gamepass ativa nos próximos tempos. Basicamente a Microsoft cancelou projectos onde já tinha gasto milhões, para ter de gastar ainda mais se quiser novos títulos no serviço. A Microsoft fechou estúdios, para ter de ir comprar mais (não se fala em criar pois a Microsoft não tem esse histórico), se quiser mais jogos no futuro. E isto para, muito provavelmente, os fechar depois como fez agora.



O artigo conclui assim que, basicamente o legado da Xbox é a injeção maciça de miséria e destruição quer na indústria, quer no hobby.

 

 



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