Asus Padfone. Versatilidade e economia num sistema 2 em 1. Ou mesmo 3 em 1.

Telemóvel, tablet e portátil, um conjunto que a ser adquirido terá um custo de 1500 euros. Mas com o compromisso de sacrificar a capacidade de uso simultâneo destes aparelhos, o Asus Padfone oferece a possibilidade de ter os três por cerca de 700 euros, ou apenas o Smartphone e tablet por menos de 600.

Dado que, devido à grave situação económica que o nosso país atravessa, as limitações das famílias são grandes, optamos por, neste período de natal, analisar um produto que, pela sua versatilidade, consideramos uma opção extremamente viável e interessante. Escolhemos assim o Padfone da Asus, um produto onde, basicamente pelo preço de apenas um telefone topo de gama, obtermos um conjunto telefone + tablet.

Infelizmente, a nossa solicitação à Asus para a análise do novo Padfone 2 pecou por antecipação de alguns dias. A Asus não possuía ainda na altura o novo Padfone 2 para análise, pelo que, dado o pedido, nos respondeu no passado dia 17 de Novembro com o Padfone que já estava no mercado.

E apesar que muitos poderão estranhar uma análise ao Padfone da Asus numa altura em que o Padfone 2 está prestes a ser lançado, achamos que mesmo assim o devíamos fazer pelos motivos que se seguem:



1 – O actual padfone vai continuar no mercado
2 – O actual Padfone continua a ser um produto extremamente interessante
3 – O preço deste padfone irá descer com a saída no Padfone 2
4 – O novo Padfone será mais poderoso, mas será mais caro.
5 – O novo Padfone 2 não será tão versátil (o teclado extra não existirá).
6 – Em tempos de crise os topos de gama deixam de ser opção para todos, tornando-se os produtos que melhor relação qualidade preço oferecem a escolha preferencial  E nesse campo o Padfone original será imbatível.

Quer isto dizer que, com a aproximação do Natal, e tendo em conta que o Padfone 2 deverá ser lançado antes do final do ano e que, como tal, este produto se tornará ainda mais atractivo a nível de preço, achamos que este até seria o produto ideal para analisarmos. Não só porque se espera que, nessa altura, o seu preço seja mais competitivo do que o aqui anunciado, mas igualmente pelo facto de este ser um sistema extremamente versátil e que se revela uma excelente alternativa para quem pretender, pelo preço de um único aparelho topo de gama da concorrência, obter um conjunto que faz as vezes de Netbook, Tablet e Smartphone.

Fica contudo a promessa que tentaremos analisar igualmente o Padfone 2 assim que possível.

Mas o que é então o Padfone?

Basicamente para a criação do Padfone a Asus limitou-se a constatar uma realidade: Os processadores que equipam os Smartphones e Tablets são, basicamente iguais. E aqui surgiu a ideia: Porque pagar duas vezes pelo mesmo processador, motherboard, memória RAM e memória de armazenamento, se podemos utilizar um único para vários sistemas?

E com esta ideia surgiu o Padfone, um telefone que se pode tornar num tablet e onde, apesar do compromisso de apenas um dos dois sistemas estar disponível de cada vez, possui a grande vantagem de possuir um preço bem mais acessível que o conjunto smartphone+tablet.



Mas para percebermos bem o que é exactamente o Padfone analisemos os seus componentes um a um, começando pelo Smartphone que dá o nome ao produto.

Este é o telefone Asus que é o coração do sistema, o Padfone. Trata-se de um Smartphone de grande beleza, e extremamente leve (129 gramas). Curiosamente, sendo possuidor de um iPhone 5, essa foi a primeira situação que chamou a atenção, a sua leveza.



Uma vez activado outra situação chama a atenção, a qualidade do seu ecrã. Trata-se de Super AMOLED de 4.3polegadas, com um ecrã HD com uma resolução de 960×540 pixels com Multi-toque Capacitivo. Está equipado com um Vidro Corning® Gorilla®, resistente a riscos e com película HCLR.

Curiosamente colocando este telefone lado a lado com um iPhone 5, apercebemos-nos que as suas dimensões são bastante aproximadas, sendo contudo que este telefone é maior, mais largo e mais grosso, mas não por muito. Mas curiosamente, espessura excluída  as restantes dimensões, apesar de maiores, são-no apenas o necessário para conter o seu ecrã de 4,3 polegadas, 0,3 polegadas superior ao do iPhone.  Para sermos específicos, as dimensões exactas do telefone são 128 x 65.4 x 9.2 mm.

No aspecto técnico, trata-se de um telefone equipado com Android 4.0, com a actualização para 4.0.4 disponível. No entanto, apesar de o Android parecer ter estagnado aqui, as correcções e acréscimos realizados pela própria Asus estão activas, tendo sido lançado um novo firmware actualizado à apenas alguns dias.

O telefone possui 1 GB de RAM, existindo em versões com 16 GB ou 32 GB de capacidade de armazenamento. Tem ainda slot micro SD, câmara VGA frontal, e 8 MP com flash Led na traseira, capaz de video a 1080p. A bateria é de 1520 mAh.



No tocante ao processador, temos um Qualcomm Snapdragon S4 8260A Dual-Core a 1.5 GHz. E se o termo Dual Core não vos impressiona (o que não devia acontecer pois o telefone mais rápido do mercado, o iPhone 5, é igualmente Dual Core), vejam o benchmark de baixo, onde o telefone se revela com quase três vezes a performance do Samsung Galaxy S2, mais do dobro do Galaxy Note, mais rápido que o Galaxy Tab 10.1, o Transformer Prime, e mesmo mais rápido que o HTC One X e o HTC One XL. Diga-se mesmo que, modestamente, poderíamos usar aqui a frase dos gatos fedorentos “Comprem o Padfone… É muito jeitoso… Obrigado e Bom dia”. E efectivamente é! (os valores do Padfone são os do topo).

Como se pode ver, apesar de este já não ser um sistema topo de gama, não estamos a lidar com um sistema exactamente ultrapassado ou lento. Trata-se de um telefone actual e que pelo seu preço justifica a sua compra.

Mas convém não esquecer que estamos a falar do Padfone, pelo que na compra do Smartphone levam um extra, o tablet, que a Asus denomina de Padfone Station. E vamos falar dela a seguir:

A Padfone Station que acompanha o Padfone, quando visualizada pela frente, mantém o aspecto visual do tablet que equipava o Asus Transformer. No entanto a sua traseira é radicalmente diferente, e sinceramente, a nosso ver, para melhor.



O que distingue esta Station de um Tablet é o facto de o mesmo não possuir qualquer tipo de processador ou memória. Possui isso sim, na sua traseira, um pequeno compartimento que abre, e onde o Padfone entra e encaixa. Nessa altura, o tablet activar-se-à, usando o processador e memória do telefone. Os testes da Asus revelam que o sistema pode ser encaixado mais de 5000 vezes sem problemas, o que garante, a ser encaixado três vezes por dia, uma vida útil de 5 anos, ou seja, perfeitamente normal.

Ficamos assim com um tablet com um ecrã de 10,1 polegadas, e que partilha todas as suas outras características com o Smartphone, com excepção da câmara frontal que passa agora a ser de 1,3 Mpixels, e da bateria à qual é acrescentado um adicional de 6600 mAh.



E aqui conseguimos visualizar toda a beleza do conceito, um sistema 2 em 1, pelo preço de apenas um dos aparelhos, devido ao facto de apenas termos de pagar uma vez pelo Processador, RAM. e memória de armazenamento.

É sem dúvida um conceito fascinante que merece toda a atenção, particularmente quando vemos que a Asus teve o cuidado de converter o sistema operativo quando usado no Tablet. E passamos a explicar:

Visualmente o Android é bastante diferente quando visualizado num smartphone e num tablet. Seria assim de se pensar que, apesar das vantagens, quando conectado à Padfone Station, o que visualizávamos seria o sistema operativo do Smartphone, mas num ecrã maior. No entanto não é isso que acontece.

Quando conectado à Station, o Padfone altera o aspecto visual do seu sistema operativo para a versão tablet do Android. Assim o que temos é efectivamente um tablet a 100%, e não apenas um ecrã maior adaptado a um smartphone. É o conceito levado ao extremo.

Mas o conceito global não termina aqui, e existem opcionais para o conjunto que o expandem ainda mais. E dado que a Asus fez a gentileza de nos enviar o “pacote” completo, vamos analisar o resto também.



Pois bem,com o Padfone, a Asus pensou em expandir o seu conceito do Transformer, e no qual tentava juntar o melhor dos mundos dos netbooks com o melhor dos mundos dos tablets, ao criar um tablet com um teclado e rato, devidamente adaptados à realidade android, que transformavam o conjunto num sistema extremamente versátil, 50% Netbook, 100% tablet, e acima de tudo 100% funcional. De notar que, daqui para a frente, todos os extras referidos são opcionais.

Como já tínhamos visto na nossa análise ao Transformer, a docking station que continha o teclado e o rato, e que na qual o tablet encaixava, fazia bastante mais do que aquilo que era imediatamente perceptível. Na realidade, esta base acrescentava uma bateria adicional ao tablet, capaz de aumentar a sua autonomia, bem como duas portas USB e um leitor de cartões de memória.

E esse conceito foi plenamente passado para o Padfone onde a estação que contem o teclado e o rato, possui igualmente as mesmas portas USB e o leitor de cartões de memória, mas igualmente uma bateria adicional de 6600 mAh. Curiosamente, é nossa ideia que esta estação é inclusive a mesma usada no Transformer, pois não visualizamos nenhuma diferença face à que analisamos antes.



Com este extra, o conceito Padfone expande para um 3 em 1, oferecendo um pequeno Netbook Android, um tablet e um smartphone. E se com o Padfone já levávamos dois produtos pelo preço de um, aqui o que nos é oferecido é, por cerca de mais 120 euros, um três em um que a ser adquirido separadamente chegaria a mais de 1500 euros.

Mas há igualmente que falar de mais dois extras. A prática bolsa de transporte, que pode ser adquirida separadamente:

E a pen conductiva que substitui o dedo no contacto com o ecrã do tablet, evitando assim as habituais dedadas gordurosas.



Mas… e há aqui um grande mas, esta pen não faz apenas isso! Na realidade a Asus pensou esta pen para que a mesma tivesse uma utilidade adicional. E assim embutiu-lhe um sistema de auricular bluetooth, permitindo que, no caso de o padfone estar encaixado na Station, as chamadas possam ser recebidas sem a necessidade de remoção do telefone, ou atendimento no tablet. Um pequeno grande pormenor que demonstra claramente todo o planeamento que foi colocado no produto. A caneta tem um custo de 75 euros.

Asus Padfone, Versatilidade e economia num sistema 2 em 1 ou mesmo 3 em 1.
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No que toca à estética há que distinguir aqui os dois produtos. O smartphone é, a nosso ver, de uma beleza extraordinária. Trata-se de um telefone com linhas simples e atraentes e que, a nosso ver, o tornam num produto extremamente atraente. Já o tablet, apesar de muito melhorado face ao oferecido pelo Transformer, está ainda longe da perfeição. Seja como for, há que convir que este defeito é compensado pela forma como a funcionalidade e versatilidade do sistema foi conseguido.
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Como é comum nos materiais Asus, os plásticos são de de qualidade e os pontos de ligação dos dois componentes são reforçados. Apesar de tudo, os materiais, particularmente no tablet podiam ser mais nobres.
Relação Qualidade/Preçowww.dyerware.comwww.dyerware.comwww.dyerware.comwww.dyerware.comwww.dyerware.com
O PVP recomendado para o conjunto Padfone (Smartphone + Padfone Station) é de 599 euros, sendo que é possível encontrar-se já mais barato em algumas lojas. Mas este é um preço que deverá descer brevemente devido ao lançamento do Padfone 2, prevendo-se uma quebra da ordem dos 100 euros. De resto, combinando a versatilidade do sistema com as suas performances e características e os preços da concorrência para produtos semelhantes, temos aqui um produto imbatível. Os extras oferecidos aumentam ainda mais a versatilidade do sistema, sendo que, mesmo pagos à parte, os mesmos mantêm ou mesmo aumentam a relação qualidade preço do produto.
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Trata-se de um equipamento que não é actualmente um topo de gama, mas que mantém performances extremamente interessantes, batendo inclusive o tablet Transformer Prime da Asus e o HTC One X, este último lançado em Abril deste ano.
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A versatilidade do sistema associada ao seu preço tornam-no imbatível. Por menos do custo de um smartphone topo de gama obtém-se um tablet e um smartphone de performances actuais e bastante acima da média, sendo que versatilidade pode aumentar com os extras opcionais. No global, e dado o período de crise, onde os topos de gama poderão deixar de ser a melhor opção, este produto 2 em 1 torna-se numa escolha acertada. E para os amantes da performance, há sempre a hipótese de pagarem mais e optarem pelo Padfone 2.

 

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