Fotogrametria pode ter um expoente máximo na nova geração.

A tecnologia permite digitalizar realisticamente objectos. Foi recentemente usada em Death Stranding para criar os cenários realistas que ali existem. É uma tecnologia muito dependente de Streaming… e que, como tal, e pode alcançar o seu expoente máximo na nova geração com o uso de SSDs.

Antes de começarmos este artigo, vamos propor a visualização de um video:

O que ali viram chama-se Fotogrametria. É uma técnica de digitalização 3D de objetos e ambientes, que permite grafismos fotorealistas e criados com muito pouco tempo de dedicação.

Basicamente é algo que pode ser criado com apenas um Drone, como vos proponho ver em baixo:



Death Stranding foi dos últimos jogos que já usou esta técnica na criação dos seus cenários foto realistas e digitalização de atores (fonte).

No entanto, esse jogo não foi o primeiro que o fez. Foi The Getaway, na velhinha PS2, quem deu início à técnica, apesar de na altura o formato ser algo diferente. A qualidade surpreendeu muitos e em 2006 a 2K Sports fez mesmo uma colaboração com a Sony para digitalizar 1400 jogadores de Baseball.

No formato mais actual, o pioneiro foi L.A. Noire, em 2011. A partir daí, vários jogos fizeram o mesmo, citando-se apenas alguns exemplos como Ryse: Son of Rome (1013), The Vanishing of Ethan Carter (2014), The Talos Principle (2014),Star Wars Battlefront (2015), Forza Horizon 3 (2016), Battlefield 1 (2016), Uncharted 4 (2016), Resident Evil 7 (2017), Ghost Recon: Wildlands (2017), Get Even (2017), Star Wars Battlefront II (2017), Horizon: Zero Dawn (2017), PlayerUnknown’s Battlegrounds (2018), Forza Motorsport 7 (2018), Red Dead Redemption 2 (2018), Forza Horizon 4 (2018), Resident Evil 2 (2019), Trüberbrook (2019), e muitos mais.



A grande vantagem da fotogrametria é que ela não é mais pesada a nível gráfico do que qualquer outro método 3D. Mas por outro lado, os resultados são fotorealistas, e quanto maior o nível de detalhe, mais pesada ela se torna a nível de streaming da informação do disco para o ecrã. O seu uso em um nível mais elevado, ou seja com imagens de alta definição, requer grandes quantidades de streaming, pelo que a PS4, pelo limite do seu disco, estava limitada naquilo que poderia apresentar.

Percebendo as potencialidades desta tecnologia, a Sony, em 2019 comprou uma das empresas líderes neste campo, a Atom View. O seu objectivo era a obtenção de tecnologia que lhe permitisse o uso da técnica quer no cinema, onde será extensamente usada no seu novo filme Ghostbusters, quer nos seus videojogos.

Eis o video da apresentação da Atom View:

Com uma capacidade de streaming ao nível do que a PS5 pode oferecer, espera-se que esta tecnologia venha a ter um uso e um salto significativo ao longo da próxima geração. Quanto mais não seja pela forma como ela facilita a criação de conteúdo 3D de elevada qualidade.



Eis a página da Sony dedicada ao Atom View.

Mas como se vê, a técnica está implementada pela industria. A Microsoft já a usa regularmente nos seus jogos Forza, pelo que o SSD trará agora novos horizontes à técnica, que se espera vir a tornar standard nesta geração.



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