Uncharted 3 – Análise PCMANIAS

Uncharted: Drakes Treasure foi introduzido em 2007, tornando-se de forma surpreendente num best seller e num franchising de tremendo sucesso.

O jogo apresentava Nathan Drake, um jovem caçador de tesouros que, com a ajuda dos seus amigos, embarcava numa viagem de exploração à procura do tesouro de El Dorado, ao melhor estilo de Tomb Raider, mas misturado com elementos de Indiana Jones, o que serviu para criar um ambiente e uma personagem de sucesso imediato.

Uncharted 2 foi a sequela tão esperada, e diga-se desde já… que grande sequela.

Considerado na altura por nós como um dos melhores jogos de sempre para todas as plataformas, Uncharted: Among Thieves, o nome correcto para Uncharted 2, elevou a fasquia para todos os jogos que seriam lançados a partir dessa data. Com um grafismo de espantar para uma consola, uma história de sonho e personagens cativantes, a história deste título levou Nathan drake à procura da cidade perdida de Shambala.



Apesar de o jogo contar com dois anos nas suas costas, decidi jogar o mesmo na sua totalidade antes de explorar o novo titulo recém lançado de Uncharted, e confirmo que Uncharted 2 é efectivamente um grande jogo, e um que ainda hoje conseguiria espantar muita gente e conseguir as notas mais elevadas da critica da especialidade.

Mas e Uncharted 3: Drakes Deception, que tal se porta este novo titulo face ao portento que foi o seu antecessor?

Uncharted 3 acrescenta algumas novidades bem vindas, particularmente no que toca ao combate. Drake (?) pode agora lutar com mais do que um vilão ao mesmo tempo, e estes são mais variados, existindo alguns brutamontes com os quais o combate é mais difícil. Drake (?) pode igualmente armar as granadas que o inimigo traz ao peito, bem como lhes rouba armas de forma automatizada e numa sequência de grande efeito, quando os derrota no combate corpo a corpo e não possui nenhuma arma.

Os cenários estão no nível do que de melhor a Naughty Dog nos habituou, mas a verdade é que em Uncharted 3 os cenários citadinos com que lidamos na fase inicial do jogo, apesar de serem visualmente deslumbrantes e fabulosos, não são os cenários que mais cativam o jogador.

Essa situação está reservada do meio para a frente do jogo, onde Uncharted 3 desbrava novos territórios até então não explorados, com cenários, cenas de combate e situações que, à semelhança de Uncharted 2, são épicas e que vão ficar na história dos videojogos.



Os dois primeiros episódios da série ficaram marcados pela presença de “super inimigos” que apenas apareciam na fase final do jogo. E Uncharted 3 não é excepção! No entanto, o sobrenatural associado e eles estava já a tomar proporções demasiadamente comuns nesta série, sendo contudo necessário para a presença destes super inimigos. Aqui de uma forma muito inteligente a Naughty Dog soube dar a volta à situação, apresentando igualmente estes super inimigos sobrenaturais, mas que na realidade… não o são. É difícil perceber-se o que quero dizer, e para isso terão de jogar o jogo, mas relembro o sub-titulo ”Drakes Deception” como pista.

Neste terceiro jogo Victor Sullivan toma o papel de personagem secundária de maior relevo, e a história vai-se focar na grande amizade entre as duas personagens. Aliás, a história roda de tal forma em torno destas duas personagens que as restantes como a Chloe Frazer e a Elena Fisher, praticamente ficam reduzidas a papeis menores. O que é triste e uma pena uma vez que a Naugty Dog lança aqui grandes indicações de uma relação entre Drake (?) e Elena, mas que não explora plenamente, sendo que o momento de maior intimidade entre essas duas personagens é o que vemos na foto de baixo. Há quem afirme que Drake se casa com Elena no final do segundo jogo e que aqui estão separados (versão defendida no Wikipedia), e há quem afirme apenas que estariam noivos. Mas essa é uma situação que a Naughty Dog deixa no ar sem explorar grandemente, pelo que ninguém pode garantir nada (desconhece-se se a Naughty Dog alguma vez se pronunciou sobre o assunto).

Nesta história que começa à 20 anos atrás em Cartagena, era ainda Drake (?) um adolescentes, Drake (?) segue pistas sobre as viagens do seu antepassado, Sir Francis Drake, na altura enviado pela Rainha para uma missão secreta. Ai descobre vários documentos de T.E Lawrence, conhecido por Lawrence das Arábias, que dão a entender a existência de um suposto tesouro numa cidade conhecida por “Iram of the pillars”, ou “Atlantis das areias”



Naturalmente esse mesmo tesouro é perseguido por uma sociedade secreta já centenária e que aqui vão fazer, mais do que nunca a vida negra ao nosso grupo de amigos.

Para isso várias pistas terão de ser seguidas, passando por antigas mansões perdidas na floresta em França, locais na Síria, Yemen e no deserto Rub ‘al Khali, entre outros.



Comparativamente a Uncharted 2, este novo título não abandona as premissas principais que fizeram do título anterior um sucesso. No entanto, ao contrário do que aconteceu com Uncharted 2 estas cenas mirabolantes já não são uma surpresa. São eficazes, espectaculares, e fabulosas, mas já não são novidade, e isso é algo que mais nenhum título conseguirá voltar a fazer.

Depois Uncharted 3 inicia-se em meios citadinos e mantém-se com esses cenários por algum tempo. Infelizmente para mim, um grande fan de Tomb Raider, estes cenários fizeram-me lembrar o período mais negro dessa série, onde jogos de menor qualidade como Angel of Darkness eram passados igualmente em cenários citadinos. É certo que esta é uma situação que poderá não acontecer com outras pessoas, mas no meu caso, quando jogava esses cenários não conseguia afastar a imagem de que Uncharted estaria a cair nos mesmos erros de Tomb Raider, uma situação que apenas se desvaneceu posteriormente com a mudança para outros cenários diferentes.

Outra realidade, normalmente não tomada em conta nos videojogos, é o envelhecimento das personagens, algo que Uncharted 3, de forma premeditada ou não, parece tomar em conta. Mas no entanto, se essa foi a intenção, fê-lo bastante mal.



Não sabemos ao certo o tempo que medeia entre a primeira aventura e a actual, mas nesse tempo Drake (?) envelheceu bastante. E isso pode ser constatado pelas fotos que se seguem que mostram agora um Drake (?) bastante diferente.

Victor Sulivan mostra uma evolução pouco coerente, parecendo mais jovem em Uncharted 2 do que em qualquer um dos restantes jogos. Em Uncharted3, Victor parece aproximar-se mais do primeiro jogo, mas no entanto, e apesar de as imagens não o mostrarem claramente, as suas feições estão agora algo diferentes

O mesmo pode ser dito de Elena Fisher que tem vindo a alterar as suas feições ao longo dos jogos. No entanto, à semelhança de Victor Sulivan, acredita-se que estas diferenças se devem às rotinas de “smoothing”, ajustes e iluminação aplicadas às personagens.



Insistindo na questão de que os ajustes, iluminação e “smoothing” feito às personagens de Uncharted 3 teve grande impacto sobre o visual final das mesmas, deixamo-vos aqui uma imagem de Elena Fisher na versão do jogo apresentada na E3, bem como a sua versão final que nos chegou às mãos.

Como se pode ver, as diferenças são tremendas, e a Elena da foto de baixo, mostrada na E3, é mais parecida com o modelo usado em Uncharted 2.

Mas o caso mais chocante é mesmo o de Chloe Frasier. O modelo da personagem foi ajustado e melhorado, e os resultados até nem eram maus. Vejam a personagem em Uncharted 2 e na versão apresentada na E3.



Não está mal? O modelo está mais perfeito e as feições de Chloe melhoraram bastante!

E isto seria óptimo, não fossem os já referidos ajustes, onde do modelo de cima (na foto de baixo à esquerda), passamos para o que vemos em baixo à direita, e onde Chloe está irreconhecível.:

Uncharted 3 é um grande jogo, e a prova-lo está o facto de ter obtido o segundo lugar na nossa votação para jogo do ano. Não consegue o mesmo efeito que Uncharted 2 provocou à dois anos atrás, mas é mesmo assim um dos títulos indispensáveis na colecção de qualquer gamer que se preze, e certamente continua a manter o título de jogo indispensável.



Vejam um trailer de tudo em movimento, e confirmem-no:

Ah sim… antes disso… Se estão a questionar-se o motivo dos (?) após o nome de Drake, terão mesmo de jogar o jogo!


Uncharted 3 – Análise PCMANIAS
Gráficoswww.dyerware.comwww.dyerware.comwww.dyerware.comwww.dyerware.comwww.dyerware.com
Como habitualmente os gráficos de Uncharted são fora de série, mas sinceramente achamos que as alterações produzidas desde o que foi apresentado na E3 não foram para melhor. Mesmo assim não deixa de ser um jogo impressionante e uma montra tecnológica para o poderio gráfico da PS3. O jogo suporta 3D, o que demonstra que a consola poderia ir muito mais longe se este tipo de suporte fosse abandonado
Somwww.dyerware.comwww.dyerware.comwww.dyerware.comwww.dyerware.comwww.dyerware.com
A banda sonora está, como sempre, excelente. Os vários efeitos sonoros e os sons ambientes são do melhor que já se viu. E o facto de as musicas épicas deste jogo serem tocadas por uma orquestra levam a uma sonoridade extrema
Jogabilidadewww.dyerware.comwww.dyerware.comwww.dyerware.comwww.dyerware.comwww.dyerware.com
Eleva ao extremo o que já tinha sido visto em Uncharted 2. No entanto faltam aqui algumas batalhas contra bosses intermédios, como aconteceu em Uncharted 2 nas batalhas contra os helicópteros e tanques.
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O jogo não consegue cativar a 100% desde o seu início, o que é uma pena. No entanto, sendo um título Uncharted os jogadores sabem que a espera será recompensada, e efectivamente é. Cenas épicas e grandes cenários e batalhas fazem parte do que este jogo nos habituou, e este terceiro volume não é excepção
Overallwww.dyerware.comwww.dyerware.comwww.dyerware.comwww.dyerware.comwww.dyerware.com
Face ao apresentado em 2009 Uncharted melhorou. Mas se em 2009 Uncharted era um peixe fora de água, a qualidade geral dos jogos evoluiu a um ponto onde Uncharted 3 é apenas um grande jogo e não consegue atingir o estatuto de colosso que o seu antecessor conseguiu. Estivéssemos em 2009 e este seria um jogo 5 estrelas, agora é apenas 4 e meia.

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