Analise: The Legend of Zelda: Link’s Awakening

The Legend of Zelda: Link’s Awakening é um jogo para a Nintendo Switch, que é uma recriação do clássico criado para o Gameboy em 1993. Apesar de tal, este é um jogo de tal forma actual e bom que acima de tudo nos mostra como a Nintendo justificadamente ganhou a sua fama.

Comprei Legend of Zelda: Link’s Awakening após ter visto algumas capturas de ecrã, tendo ficado cativado pela beleza do grafismo. É um típico jogo Nintendo, com personagens Nintendo, mas acima de tudo, um jogo com a jogabilidade Nintendo. E isso quer dizer que é um jogo super divertido, excelente e cativante.

Sinceramente quando o comecei a jogar nem queria acreditar que este era um jogo de 1993. O jogo está perfeitamente actual, com as tradicionais mecânicas que conhecemos dos jogos Nintendo. Não conhecendo o original, pensei para mim que o jogo seria algo diferente… mas não! O que ali temos, com excepção da perspectiva 3D, e o grafismo completamente novo, é o jogo de 1993. O mesmo jogo, sem tirar nem por!

E isto faz-nos perceber uma realidade. Que os jogos são intemporais e valem pela sua jogabilidade. O grafismo pode dar-lhes alguma beleza adicional, mas quando um jogo é bom, não importa a resolução ou a qualidade dos gráficos… Ele continuará a ser bom, seja como for!

Seja como for, é inegável que o grafismo ajuda a conquistar quem não está a jogar. As personagens são extremamente bem conseguidas e cativam. Eis algumas das personagens que imediatamente me atraíram para o jogo:



Belas, certo?

A evolução gráfica de 1993 foi enorme, especialmente da versão a preto e branco da Gameboy para a Switch. Podemos ver isso no video que se segue:

Realmente uma evolução assombrosa, e acima de tudo bem conseguida!

Mas o grafismo de nada valeria se o jogo não fosse realmente bom. Inicialmente pensei quer o jogo, que custa 59.99 euros não valesse o custo. Estava a afinal a pagar 60 euros por um jogo Gameboy.



E esta sensação aumentou quando vi o tamanho do mapa e a forma rápida como ele abria. Ali não teria muito para ver!

Mas não podia estar mais enganado. O jogo é realmente assombroso. O mapa realmente não é dos maiores, mas está bem conseguido ao abrir novas zonas que sempre estiveram ali, mas inatingíveis, à medida que obtemos novas habilidades para Link. Mas depois… o jogo é gigante! As masmorras são no seu global maiores que o mapa, há puzzles, há coisas a explorar, armas e gadgets a encontrar que nos permitem avançar… Enfim, o jogo dá para perder horas e horas. Não é um jogo pequeno… desenganem-se completamente!

O jogo original foi já em 1993 um sucesso. Apesar de ser um jogo para o Gameboy e não para a SNES, ele não perdeu as qualidades. A versão renovada, apesar de visualmente actual e das mecânicas não terem sofrido, não deixa de ter um toque de jogo clássico. O grafismo passou a 3D, e há deslocação lateral, algo que não existia no original. O destaque vai para as cores usadas, vibrantes e cheias de vida, com efeitos de reflexos (simulados), muito interessantes visualmente.

Curiosamente, este é um jogo da série Legend of Zelda, onde a princesa Zelda nem sequer está presente! O jogo começa com um naufrágio de um pequeno barco onde link se encontra, indo este parar a uma ilha afastada de Hyrule, e de nome Koholint. É salvo pelos locais e acorda na aldeia de Mabe, sendo que tem tem como primeira missão a recuperação da sua espada e escudo.

Link verifica que está preso nesta ilha, e que para sair necessita de encontrar 8 instrumentos musicas que necessitará para acordar o Wind Fish, uma criatura que se encontra num ovo gigante situado no topo de um vulcão. Sem tal acontecer, sair da ilha é algo impossível.



E assim a aventura começa, com Link a avançar e a ir obtendo alguns objectos clássicos da série Zelda, como o gancho, a pena de Roc (que lhe permite saltar), o arco, o pó mágico, boias, as botas Pegasus (que lhe permitem investir),  e muito muito mais.

O jogo está cheio de pequenos quebra cabeças e temos de os ir resolvendo usando não só as habilidades de link como as características do mundo (por exemplo, saltar agarrado a uma galinha permite planar um pouco). Estes puzzles são os típicos da Nintendo, e há tanta coisa para fazer que custa a acreditar que este jogo alguma vez existiu num pequeno Gameboy.

O jogo tem igualmente situações paralelas. Coisas que se feitas oferecem recompensas que podem ajudar no jogo. Por exemplo, o jogo está carregado de conchas escondidas, e apanhar as mesmas permite troca-las por prémios: Há ainda um mini jogo de pesca, muito engraçado.



Ouvir as personagens é essencial. O jogo possui um sistema de trocas, no qual podemos fornecer às pessoas aquilo que elas precisam, recebendo outros objectos em troca. Este sistema de trocas é o que permite a obtenção, lá mais para a frente, do bumerangue, a arma mais útil do jogo.

Como novidade face ao jogo original temos a possibilidade de criar masmorras usando as salas individuais que fomos encontrando. É um processo engraçado que acrescenta valor ao jogo!

Um dos pontos fortes do jogo é o audio. Apesar da ausência de diálogos, há pistas auditivas, os tradicionais sons de Zelda, e ainda melodias que podemos ouvir. É um uso super preenchido do audio.

Acima de tudo é o sabermos que estamos a jogar um jogo de Gameboy de 1993 que mais impressiona. A forma inteligente como o mundo abre, as habilidades que permitem alcançar novas zonas, as mecânicas, a quantidade de conteúdo, a dimensão do jogo, e tudo o mais, são fantásticos. Certamente quem jogou este jogo em 1993 deverá tê-lo ainda hoje presente, pois estamos aqui perante a estrutura de um jogo actual, e ver isto num jogo antigo, ainda mais no Gameboy, coisa que eu não vi, seria algo certamente impressionante.



 

Análise: The Legend of Zelda: Link's Awakening
Gráficoswww.dyerware.comwww.dyerware.comwww.dyerware.comwww.dyerware.comwww.dyerware.com
Perfeitos para o estilo. Fofos, criados com dedicação, bem animados, e com uma quantidade de interacção com o cenário e personagens incrível. Pensar que tudo isto já era uma realidade em 1993 é ainda mais impressionante, pois se este é um jgo perfeito nos dias actuais, o que seria em 1993.
Somwww.dyerware.comwww.dyerware.comwww.dyerware.comwww.dyerware.comwww.dyerware.com
Os típicos sons da Nintendo, uma boa banda sonora, e um uso fantástico e excelente do som aos mais diversos níveis. Digamos apenas que, sem o audio, este jogo perderia metade do interesse.
Jogabilidadewww.dyerware.comwww.dyerware.comwww.dyerware.comwww.dyerware.comwww.dyerware.com
Fantástico. Apesar do mapa não ser assombrosamente grande, há muito que fazer e muito que revisitar, acedendo-se a áreas novas. Divertido, capaz de entreter e apaixonar o jogador, requerendo por vezes exploração para podermos percebem o que precisamos de fazer para avançar, tudo serve para criar um jogo intemporal. É realmente divertido, com a dose de dificuldade certa, e um jogo que todos deveriam jogar.
Atracçãowww.dyerware.comwww.dyerware.comwww.dyerware.comwww.dyerware.comwww.dyerware.com
Quem não se apaixona imediatamente pelas personagens pequenas e fofas deste jogo. É cativante, é divertido, e o facto de necessitar de exploração profunda garante-lhe largas horas de jogo
Overallwww.dyerware.comwww.dyerware.comwww.dyerware.comwww.dyerware.comwww.dyerware.com
É do melhor que a Nintendo já fez, e é a Nintendo no seu melhor. E quando o adjectivo para definirmos a qualidade é Nintendo, sabemos bem o que podemos esperar. Um grande, grande jogo que consideramos imperdível, especialmente por ser acessível a miúdos e graúdos e ter uma complexidade extremamente bem adequada.

Clique se pretende explicações sobre este simbolo e o nosso sistema de avaliação



error: Conteúdo protegido