Direct Storage no PC faz batota.

O Direct Storage realmente é inovador, e traz tempos de loading relâmpago que antes das consolas não eram possíveis no PC. Daí que apanhar Forspoken a fazer batota surpreendeu!

Não hajam dúvidas que o Direct Storage veio revolucionar os tempos de loading dos PCs, ao permitir usar o GPU para descomprimir dados, e simulando assim os descompressores das consolas.

Este foi uma solução que apareceu graças às consolas, e que se adaptou muito bem à realidade dos PCs. Isto apesar de a descompressão não ser ainda “gratuita” como nas consolas, e usar GPU para a descompressão.

O impacto na performance é no entanto nulo, pois o Direct Storage está a ser usado para cargas e não em streaming, pelo que o GPU não está a uso no momento das cargas, e nesse aspeto o impacto nas performance ingame é nulo. Teremos no entanto de ver qual o impacto nas performances do GPU com um jogo que use de forma intensa o Direct Storage em streaming, ou seja, com a descompressão a acontecer ao mesmo tempo que o jogo está a ser processado. E nesse aspecto, Forspoken dececiona pelos seus cenários vazios.

Mas estamos a fugir ao relevante, pois o certo é que o Direct Storage é uma revolução no PC, e algo muito, muito bem vindo, que acelera os tempos de carga para valores que antes não eram possíveis nestas máquinas.

Agora o que surpreende é que, apesar de o Direct Storage ser efetivamente algo revolucionário, o jogo Forspoken, no PC, ainda recorra a uma batota para melhorar, de forma aparente, ainda mais os tempos de loading. Uma batota que exige memória e que atira a quantidade de RAM recomendada para 24 GB.

O que faz então Forspoken no PC? Basicamente, ele usa a RAM adicional para ter sempre o ultimo savegame já carregado na memória.

Naturalmente que, com essa situação, a carga do savegame ocorre ainda mais depressa, mas tal mostra um tempo de carga, e uma performance do Direct Storage, que não correspondem ao real.

Vamos ver isso em video. Ali o utilizador vai criar vários savegames no mesmo local. Depois vai abandonar o jogo, e a carregar o ultimo savegame, mostrando o tempo de carga.

De seguida faz-se o mesmo, mas escolhe outro savegame… Que como vimos até é no mesmo exato local!

E se isso deveria garantir que o tempo de carga é exatamente igual, o que vemos é um tempo de carga bem superior. Vamos ver:

Pois é… Meuzes amigozes… Num habia nexexidade 🙂

O PC faz batota!

Mas a batota poderá não acabar aqui! Vamos ver outro caso:

O jogo pede um mínimo de 16 GB no PC, que é exactamente a mesma RAM da  PS5.

A diferença é que a PS5 possui 16 GB para CPU e GPU, ao passo que o PC, para além da RAM conta ainda com memória vídeo. E este jogo usa ambas! Como o mostra e refere a análise da IGN colocada de seguida, o jogo chega a ter 25 GB de dados diferentes na RAM, que troca entre a RAM e a VRAM, de forma a simular as leituras diretas do SSD em streaming realizadas na PS5.

Simulado ou não, a realidade é que a situação funciona muito bem, e o PC pode fazê-la. A questão é que, no meio destas transferências há um gargalo qualquer que é regularmente atingido causando perdas de FPS pela simples movimentação de dados entre as memórias.

Basicamente o Streaming existe, mas ao contrário da PS5 que o faz direto do SSD, aqui tira-se partido da memória extra do PC, o que, comparativamente, pode ser visto como mais uma batota no que toca à comparação da eficiência de leituras dos SSDs.

O preocupante aqui é existir o referido gargalo, mas que é identificado como tal, pois, como o vídeo mostra, ao se cortar no detalhe poligonal, reduzindo-se assim a intensidade das transferências, a situação melhora.

O que isto implica é que, salvo algum tipo de bug no jogo, o PC, em jogos de elevada densidade poligonal (e forspoken está longe de ser um deles ao apresentar mundos pouco detalhados), terá sérios problemas em usar esta técnica para acompanhar a PS5.

Vejam o vídeo a partir dos 7m.