Intel vai colocar funcionários não vacinados em licença sem vencimento

Cada um é livre de escolher o que pretende. Mas terá depois de acarretar com as consequências.

A epidemia de Covid-19 continua a espalhar-se e tem trazido consequências grandes a nível económico a muitas empresas. No fundo, mais ou menos, todos estão a sofrer com o impacto nas economias causadas pelo COVID 19, e nesse sentido as empresas procurar formas de minimizar o problema, tentado assim retomar o máximo de normalidade possível.

Uma das empresas que pretende isso mesmo é a Intel, e nesse sentido notificou os funcionários para se vacinarem caso ainda não o tenham feito. Caso não o façam e não apresentem uma justificação válida que permita a isenção de vacinação este correm o risco de poderem ser colocados num regime de licença sem vencimento.

A situação pode chocar muitos, mas a realidade é que a nível mundial governos e empresas estão a criar regras internas que lhes permita superar a crise que atravessam devido ao COVID. A Google, tambem referiu que pode despedir funcionários que não pretendam ser vacinados.

O facto é que em Democracia a liberdade total não existe (e isso escapa a muitos que confundem Democracia com Anarquia). As pessoas são livres de fazerem o que quiserem, mas os seus direitos terminam quando conflituam com as liberdades dos outros. E nesse sentido há que se ter consequência de quando isso acontece, pois tal pode trazer consequências com as quais é preciso viver-se.



Nesta caso os direitos dos não vacinados conflituam com os direitos da empresa e sua direção de terem um ambiente saudável e o mais limpo possível do COVID-19. E sendo esta uma empresa privada, esta pode colocar critérios de seleção dos funcionários que se baseiem em normas de saude, segurança e higiene, para justificar aquilo que de outra forma seria puramente descriminação.

Afinal, a empresa sofrer colocando em causa postos de trabalho por causa da escolha de minorias, certamente não parece algo coerente e lógico.

Desta forma, o dia 4 de Janeiro é a data limite dada pela Intel pata que os trabalhadores se definam, sendo que para já não especificou exatamente as consequências do não cumprimento. O que é referido é que a Intel pretende colocar os não vacinados em licença sem vencimento pelo menos durante 3 meses e a partir do dia 4 de abril de 2022.

No entanto, a empresa não os vai demitir, e manterá os benefícios de saúde a quem estiver nessa situação. Basicamente a licença sem vencimento é uma imposição de quarentena, onde o funcionário, pelas decisões que tomou, terá de arcar com as consequências das mesmas, sem colocar em risco os colegas, o posto de trabalho e mesmo a viabilidade da empresa.

Se tudo isto é exatamente legal… é desconhecido. Mas



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Eraser
Eraser
29 de Dezembro de 2021 11:20

Nao sei até que ponto isto não viola as liberdades individuais. Por outro lado, não vejo o problema de se vacinarem.

Off: este fim de semana coloquei as maos no halo infinite numa series s. Adorei, muito viciante com um gameplay muito bom. Acho que merece as notas dadas nas quais se encaixa um 8.7/10 na pplware ontem.

Sparrow81
Sparrow81
Responder a  Eraser
29 de Dezembro de 2021 11:54

Que liberdade individual? A partir do momento que você é empregado de uma empresa privada tem que seguir certas regras impostas pela mesma. Esse negócio de não se vacinar é coisa de louco.

Sparrow81
Sparrow81
Responder a  Mário Armão Ferreira
29 de Dezembro de 2021 12:40

Foi isso que me referi. Todos são livres, mas se não respeitam as políticas da empresa que procurem outro emprego. A empresa não é obrigada a manter esses que não querem se vacinar, assim como eles podem buscar outro emprego a qualquer momento. A corda estoura sempre no lado mais fraco.

Quanto a analogia com beber e dirigir é perfeita. Klopp, técnico do Liverpool, deu o mesmo exemplo. Se sua liberdade está interferindo na liberdade de terceiros, tem de haver interferência. Pois aí não se caracteriza apenas liberdade individual e sim de um conjunto.

Last edited 2 anos atrás by Sparrow81
Deto
Deto
Responder a  Sparrow81
29 de Dezembro de 2021 18:40

teste

Juca
Juca
Responder a  Deto
29 de Dezembro de 2021 20:23

O que é isso que você faz, Deto?

Deto
Deto
Responder a  Mário Armão Ferreira
29 de Dezembro de 2021 23:06

formatei o PC, ai testei ver se era mesmo o email que uso aqui no meu perfil aqui.

e que lixo esse windows…

tive que deixar o PC off line durante toda a instalação até a primeira inicialização, pq conectado na internet era obrigado a botar conta de usuário…

Deto
Deto
Responder a  Juca
29 de Dezembro de 2021 23:04

é que eu formatei o PC, tava testando se esse era o email que uso aqui.

e quero parar de entrar em foruns, só perco tempo lá… ai to selecionando bem o que fica salvo no historico.

Juca
Juca
Responder a  Mário Armão Ferreira
29 de Dezembro de 2021 20:22

O coletivo sempre tem preferência, o Estado tem muito mais regalias que um indivíduo justamente por representar o coletivo, o problema é que o mundo está numa onda de extrema direita que finge que a liberdade do indivíduo é o mais importante para poder ludibriar as pessoas que não entendem de leis e que se fingem de liberais, quando na verdade só querem tirar direitos de outros. Esse papo de superpoderes liberais é só pra tirar direitos de trabalhadores e pessoas em estado de necessidade, e justificar a incompetência administrativa de alguns em gerir o próprio negócio atribuindo tudo sempre a culpa do Estado e dos impostos. Ora, bancos e ricos seguem a toda, e os tais “liberais” ignorantes na miséria de sempre, ou pior, contando vitória sobre os mais miseráves que eles, pela retirada de direitos coletivos e individuais.

Hiago
Hiago
Responder a  Eraser
29 de Dezembro de 2021 21:24

Não existe liberdade individual quando você coloca em risco a vida de outras pessoas. Vacinação é obrigação não direito.

Juca
Juca
29 de Dezembro de 2021 20:12

Pela minha ótica, a Intel está correta, em coletividade é preciso ter atitudes pensando na maioria e no bem comum.
No mais, todo grupo tem suas regras, se não as tivessem, não existiriam hereges nem pecadores nas instituições religiosas, contraventores e criminosos na sociedade, e pessoas antiéticas em empresas, por exemplo.
A “lei” de cada ambiente deve vigorar, e o coletivo deve se sobrepor ao individual de modo geral, o que não pode é se valerem disso pra obrigar a por a própria vida em risco, mas cada um deve responder ou arcar com o ônus e bônus de suas escolhas.
Quem não quer tomar vacina está no seu direito, mas que arque com as consequências das escolhas.
Nenhum direito individual é absoluto.
Impor uma conduta coletiva visando o bem é o correto a se fazer por mais que alguns não concordem.

Last edited 2 anos atrás by Juca
Deto
Deto
Responder a  Mário Armão Ferreira
29 de Dezembro de 2021 23:08

se ele estiver vacinado diminui a chance dele contaminar outros, não importando se ele chega a desenvolver a doença ou não.

vacina tb serve para vc não contaminar os outros.

Last edited 2 anos atrás by Deto
Juca
Juca
Responder a  Mário Armão Ferreira
30 de Dezembro de 2021 1:30

Eu não prego isso, Mário, prego que cada um, inclusive uma entidade arque com as consequências de seus atos, isso sim é liberdade, é ser responsabilizado pelas suas escolhas, que podem ser quaisquer uma. Liberdade sem responsabilização é libertinagem.

Last edited 2 anos atrás by Juca
Juca
Juca
Responder a  Mário Armão Ferreira
30 de Dezembro de 2021 14:28

Esses dilemas sociais fazem parte da própria da evolução das sociedades, a questão é que assim como qualquer um eu não concordo com todas as leis, mas as obedeço porque entendo que isso é civilidade, e precisamos disso pra viver em sociedade. As pessoas sempre têm escolhas mesmo que entendam que não. A Intel também poderia ter feito pior, e não o fez. As pessoas podem escolher ir morar no interior, noutro país, por mais que isso pareça absurdo. Muitos brasileiros fizeram isso, e foram pra Europa, por exemplo. Mas entendo que algumas condutas de Estado façam com que os indivíduos pensem não ter escolha pelo tempo já investido num lugar, pelo círculo social e etc.

Last edited 2 anos atrás by Juca
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