Microsoft traz melhorias ao Edge

A ultima versão do Edge traz melhorias para o Gaming, permitindo, entre outras coisas que “possa ser possível jogar-se sem fechar o browser”… Mas não será que uma máquina que requer isso está obsoleta? Com a Microsoft a ter exigência elevadas para o Windows 11, e o fim do suporte do Windows 10 em 2025, este tipo de suporte certamente chama à atenção!

No contexto das melhorias continuas ao seu Browser Edge, a Microsoft pretende cativar novos utilizadores ao oferecer uma nova versão com otimizações adicionais para Gaming.

Durante anos e anos a Microsoft tentou concorrer com a Google, integrando mesmo o seu Browser no Windows, de forma a melhorar performances, mas sem sucesso. O sucesso veio agora com o uso do motor da Google, o Chromium, alterado por si e denominado Edge.

Uma das mais recentes atualizações traz melhorias para o Gaming, Assim, entre as novidades temos acesso rápido a jogos gratuitos como o Microsoft Jewel, Mahjongg Dimensions, Deal or no Deal, Cubis, Battleship, entre outros.

Uma outra novidade é a inserção do modo Clarity Boost, que promete melhorar a qualidade de imagem de jogos via streaming Xbox Cloud Gaming.



Para finalizar temos o modo de “eficiência”. um modo que entra em acção quando se arranca um jogo no computador, e que garante que o browser não irá desperdiçar recursos nem ocupar CPU, dispensando assim o habitual processo de encerrar o browser para se jogar um jogo.

Mas a questão aqui é que estas novidades chamam-nos a atenção por parecerem um pouco incongruentes com as atuais políticas da Microsoft. E isto porque apesar que o suporte melhorado ao Streaming é algo que todos podem utilizar, as restantes novidades parecem destinadas a um mercado bem peculiar.

Convenhamos que quem tem como jogos principais o Jewel, Mahjongg Dimensions, Deal or no Deal, Cubis ou Battleship, não nos parece que seja alguém que tenha um PC de topo. E muito menos se o encerrar do Browser se torna necessário para se poder jogar um jogo.

E apesar de a otimização de recursos nunca ser uma coisa má, não deixa, no mínimo, de soar a curioso, que a Microsoft refira especificamente a não necessidade de se fechar o Browser para jogar, numa clara referência a máquinas obsoletas, dando-lhes um suporte que, com o seu mais recente produto, o Windows 11, não pode ser continuado, pois mesmo máquinas relativamente recentes e perfeitamente capazes de correr jogos atuais e sem necessidade de fechar o browser, estão impedidas de o instalar devido aos requisitos solicitados. E com o anuncio do fim do suporte ao Windows 10 em 2025, promover um suporte para estas máquinas é algo que nos chama a atenção.

Naturalmente todas as melhorias são bem vindas, e certamente quem tem máquinas mais fracas ou seja adepto do solitário vai gostar. Não se pode é deixar passar em claro que a Microsoft que está nesta fase a dar suporte a máquinas obsoletas é a mesma que as está a condenar ao upgrade ou abandono de suporte. Porque se houvesse realmente preocupação com elas, a notícia não era apenas uma versão do Edge que não força ao fecho do Browser para se poder jogar, mas sim algo acompanhado de uma notícia que dissesse que o suporte do Windows 10 vai durar mais uns anos.

E daí que a Microsoft publicite o seu novo browser apoiando-se numa característica para máquinas que decidiu conscientemente abandonar e ignorar no Windows 11, é algo que nos chamou a atenção.



 

 



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Cherokee Bill
Cherokee Bill
4 de Julho de 2022 10:45

Ué a pessoa não pode entrar na Microsoft Store e baixar no Windows 10 a versão mais recente do Edge não?
E qual é o imbróglio do Windows 11 ? Ele não poderia ter maiores exigências de hardware (especialmente para aspectos de segurança ) é isso que eu entendi ?

Cherokee Bill
Cherokee Bill
Responder a  Mário Armão Ferreira
4 de Julho de 2022 12:47

Quando se trata de proteções físicas de segurança ou se tem ou não se tem.
Compreende as repercussões de criar brechas para problemas dessa natureza no mercado corporativo simplesmente para que as máquinas antigas possam rodar o novo sistema ?
Então está mais que certa a Microsoft em bloquear o acesso ao sistema de forma insegura.
Os patamares de segurança foram elevados.

Juca
Juca
Responder a  Mário Armão Ferreira
4 de Julho de 2022 17:37

Mário, vale lembrar que existem outras formas de encriptar ou limitar acessos indesejados num sistema sem apelar à exigências de hardware, por exemplo, o recurso anti ransomware do próprio windows defender, e o sistema de acesso a pastas dos gnu-linux. Esse último, um dos motivo pelo qual a MS perdeu espaço no mercado corporativo para o GNU-Linux, além de outros motivos obviamente.
A exigência do TPM 2 a minha ótica é mais derivada da necessidade de controle da empresa sobre o seus usuários do que objetiva tornar o Windows umsistema seguro.

Last edited 1 ano atrás by Juca
Deto
Deto
Responder a  Juca
4 de Julho de 2022 22:09

Como anda o Linux nas empresas?

Abaixo falei mais do desktop doméstico

Juca
Juca
Responder a  Deto
5 de Julho de 2022 0:57

O Gnu-Linux domina o mercado de supercomputadores desde 2017 e o de servers de cloud desde 2019, teoricamente o Linux também é o SO mais usado do mundo já que o Android é um Linux-Like, ou um sistema com kernel baseado em Linux.

https://en.wikipedia.org/wiki/Usage_share_of_operating_systems

https://www.tecmundo.com.br/software/143440-linux-supera-windows-plataforma-nuvem-azure-proprioa-microsoft.htm

Last edited 1 ano atrás by Juca
Juca
Juca
4 de Julho de 2022 12:23

O negócio “é dar com a mão e tirar com a outra” ao que parece.
Ao tempo em que nos é dito que os serviços de streaming e assinaturas são visto como o futuro pelas mega corporações, a obsolescência programada para hardwares em perfeito uso, parece algo desproporcional e abjeto. Mas como tudo na vida, há sempre os que defendem atitudes como essa do TPM 2.0 obrigatório, seja por alienação, seja por um tipo de “vira-latismo” elitista (se eu posso comprar os outros que se danem). “E quem não quiser que fique no seu 360…” pra alguns, isso faz todo o sentido e se justifica. Eis a empresa “pró-consumidor” que empurra suas próprias vontades enquanto vai colando sua conversa.

Last edited 1 ano atrás by Juca
Deto
Deto
4 de Julho de 2022 16:23

A droga do Linux é a fragmentação e bagunça…

Em 2002 o sistema de arquivos do Linux, acho q era RaiserFS, já era 2x mais rapido que o NTFS…

Imagine hoje, o NTFS continua a mesma coisa e o Linux já deve ter tudo umas “500 mil melhorias”

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