Guerra na Ucrânia tem impacto no fabrico de Chips

A Ucrânia é um dos maiores produtores mundiais de Néon. A Russia de Paládio.

Como se não bastasse a pandemia para afetar a produção de chips, a invasão da Russia à Ucrânia vem tambem condicionar mais a coisa.

Apesar dos stocks, a realidade é que caso o conflito se mantenha muito tempo, tal terá grande impacto na produção de componentes electrónicos.

A questão é que a Ucrânia fornece mais de 90% do neón de grau semicondutor para os EUA. Um elemento fundamental aplicado aos lasers de fabrico de chips. Da mesma forma, gás que tambem é usado (um subproduto da siderurgia russa( é purificado tambem na Ucrânia.

Depois temos a questão do paládio, um metal usado nos sensores, componentes de memória e outras aplicações, e onde 35% do produzido na Russia se destina ao mercado norte-americano.



Como refere uma fonte Japonesa anónima:

Os fabricantes de chips não estão a sentir um impacto direto, mas sim as empresas que fornecem os materiais para fabrico de semicondutores, que compram gases, incluindo néon e paládio, da Rússia e da Ucrânia.

A disponibilidade desses materiais já está apertada, qualquer pressão adicional sobre a oferta pode aumentar os preços. Isso, por sua vez, pode levar a preços mais altos dos chips.

A solução é agora procurar outras alternativas de fornecimento.

 



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Edson Nill
Edson Nill
10 de Março de 2022 9:52

Mario, o que fazer em uma situação dessas?

Edson Nill
Edson Nill
Responder a  Mário Armão Ferreira
10 de Março de 2022 11:48

Caramba! Aí deu ruim!

Juca
Juca
Responder a  Mário Armão Ferreira
10 de Março de 2022 11:52

Mário, como está a questão de carros elétricos aí na Europa, já estão comuns e representam boa parte da frota doméstica? Como vocês abastecem mais os carros por aí, na própria casa ou só é possível em postos próprios?
Descupe minha ignorância, mas tenho curiosidade de qual é a principal fonte de produção de Energia de Portugal? É nuclear? Hidroelétrica? Eólica? Solar?
Pergunto só por curiosidade mesmo, pois no Brasil, carro elétrico é “coisa de rico” e não se vêm muitos postos de abastecimento, ao menos na minha cidade. Aqui no Brasil a principal fonte de eletricidade é de origem hidroelétrica, pois temos um território extenso com muitos rios o que é propício a esse tipo de Usinas.
Aqui, pra você ter ideia, o carro mais barato e à gasolina (fiat uno) é cerca 60 mil reais ou pouco mais de 10.000 euros, a despeito do baixo poder aquisitivo do brasileiro e modo geral. O elétrico mais barato é cerca de 150 mil reais (JAC E-JS1) ou pouco mais 25 mil euros.

Last edited 2 anos atrás by Juca
Eraser
Eraser
Responder a  Mário Armão Ferreira
10 de Março de 2022 15:33

Isso não é de todo verdade. Abaixo dos 30.000 não compras nenhum carro eléctrico satisfatório, tens o leaf mas a autonomia real é baixa. Para algo bom os preço já vão para entre os 40 e 50 mil euros, sendo que na casa desses valores apenas o tesla 3 interessa devido á superioridade tecnológica, bateria e motor.

O dacia spring é um citadino compacto, nada a ver com o duster.

Last edited 2 anos atrás by Eraser
Juca
Juca
Responder a  Mário Armão Ferreira
10 de Março de 2022 15:33

Valeu pelas informações, Mário, aqui a transição está bem lenta, a energia solar até que está indo bem, mas os carros elétricos estão longe de serem acessíveis.

Alexandre Oliveira
Alexandre Oliveira
Responder a  Juca
11 de Março de 2022 9:37

Olá Juca eu tenho um 100% Electrico e realmente já encontras vários preços para diferentes utilizações, alguns preços já estão ao nivel dos carros a combustão, mas autonomia desses é muito reduzida.
Aqui o segredo é escolher bem para que se que o automovel, se para deslocações pequenas casa trabalho se para deslocações grandes.

Pela experiência que tenho tido principalmente em viagens longas o maior problema é a disponibilidade dos carregadores, muitos estão fora de serviço, outros estão ocupados e tens de esperar 2 horas até chegar a tua vez de carregar.

Em Beja cheguei a ter de ir ao Autoestrada fazer uma carga em carregadores rápidos porque na cidade ou estavam fora de serviço ou estavam ocupados.

Viagens grandes têm de ser bem planeadas.
De resto tenho a sorte de carregar em casa e no trabalho também tenho carregador é bem prático.

Alexandre Oliveira
Alexandre Oliveira
Responder a  Mário Armão Ferreira
11 de Março de 2022 14:52

Eu tenho a app, o meu problema em encontrar carregadores é o que expliquei.
Carregadores fora de serviço e ocupados, não é sempre mas já aconteceu, no entanto acabo sempre por encontrar um disponivel nem que seja na autoestrada ou a uns kilometros de distância do percurso que faria!

O caminho faz-se caminhando existem desafios que só com o tempo se consegue colmatar.(haver carregadores em abundancia é um deles e não falo dos lentos)

Alexandre Oliveira
Alexandre Oliveira
Responder a  Mário Armão Ferreira
11 de Março de 2022 15:57

Não sei se é isto que estás a perguntar mas ele aceita cargas por exemplo de 43kw (carregamento rápido).

Carga rápida 80% em +/- 40MN.

Na Wall connector da Tesla carrega 100% em +/- 4h

Eraser
Eraser
Responder a  Mário Armão Ferreira
11 de Março de 2022 14:40

Estás a cair na mesma retórica de preços e casos específicos.
Não há electricos satisfatórios abaixo dos 35.000 euros, que é onde se encontra o segmento mais popular (golf, megane, focus, etc…). Tens o leaf que tem pouca autonomia.

Dos 50k para cima por cada 100 vendidos 80 devem ser tesla.

Last edited 2 anos atrás by Eraser
Gervas69
Gervas69
10 de Março de 2022 11:21

Só espero que o povo russo e os militares acordem para a vida o mais breve possível para tirarem aquele maluco do poder, o povo russo não sofre tanto como os ucranianos mas também vão sofrer bem na pele. Os russos só tinham a ganhar em se “Ocidentalizar” e com os recursos e as mentes que têm ultrapassariam muito facilmente os EUA como maior potência mundial, mas os governos absolutistas tem travado bastante.
Mas nós europeus temos de arranjar soluções criativas para evitarmos estarmos dependentes deste tipo de países e penso que este conflito de certa forma vai acelerar essa situação

Gervas69
Gervas69
Responder a  Mário Armão Ferreira
10 de Março de 2022 17:17

Peço desculpa, é o tema do momento.
Relativo a isso, as sanções impostas e a saída das empresas tecnológicas da Rússia, o Putin vai fazer um decreto de lei em que legaliza a pirataria, mas a minha pergunta é como é que eles vão fazer isso? se deixaram de ter acesso ao conteúdo, uma vez que também os fornecedores de internet estao a deixar o país.

Juca
Juca
Responder a  Gervas69
11 de Março de 2022 0:54

Teoricamente, qualquer pessoa com VPN pode fazer uma compra em qualquer lugar do mundo como se fosse um local.
Isso já sem contar com atividades hackers.
As cripto moedas fazem o resto.

Last edited 2 anos atrás by Juca
Gervas69
Gervas69
Responder a  Juca
11 de Março de 2022 8:07

E isso funciona se desligarem-se da rede global como estão a planear fazer?

Juca
Juca
Responder a  Gervas69
11 de Março de 2022 16:21

Sinceramente, existe muita bravata midiática oportunista em tudo que falam. No fim farão acordo com a Rússia, é só o Zelensky cair. Com tantas eleições pelo mundo, é natural a “zoada” “pra inglês ver”, como diz um ditado que se usa por aqui.
Veja, Venezuela é aliado da Rússia, e os embargos do petróleo Venezuelano já começam a se flexibilizar.
Também me questiono o quanto é inteligente pressionar quem julgam psicopata assassino com bombas nucleares a mão…

Last edited 2 anos atrás by Juca
Juca
Juca
Responder a  Mário Armão Ferreira
11 de Março de 2022 16:24

?

Juca
Juca
10 de Março de 2022 11:47

Bem, então a invasão da Ucrânia é bem mais economicamente estratégica do que nós que não somos do meio político pensávamos.
O Brasil já é bem afetado por falta de fertilizantes provenientes da Rússia e Ucrânia, a Europa, sobretudo Alemanha, parece que do gás Russo e o mundo do Petróleo, trigo e milho.
É uma “sinuca de bico” como se diz aqui.
O lado positivo, sobre essa questão dos chips, é que se for pensar, a demanda da Rússia zerou, pois não fazem mais comércio com ninguém, provavelmente não compensa os 90% do material necessário para os lasers, mas é procurar uma solução que não conte nem com Rússia, nem com Ucrânia nos próximos tempos.
Agora, também me questiono o quão conveniente é manter esses preços inflacionados por quem vende esses produtos.

Last edited 2 anos atrás by Juca
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