Playstation 5 em 2018 – Sim ou não?

Naturalmente a resposta a esta pergunta só a Sony a terá. Mas analisamos as implicações desta decisão e damos a nossa opinião sobre este rumor.

Há um rumor no ar de que a Sony lançará a sua Playstation 5 em 2018. Este é um rumor lançado por um analista de nome Damian Thong e que tem no seu historial passado um acerto relativo ao lançamento da Playstation Slim e da Playsation Pro.

Assim sendo, e com um historial que demonstra acesso a alguma informação privilegiada, este rumor ganha alguma credibilidade.

O rumor vai mais longe, e aponta para uma performance de 10 Tflops como sendo a performance da consola, um valor que, não só bate a Scorpio como, não estando  limitado ou preso a uma geração pré-existente, poderia criar jogos para a consola que tirassem total partido da mesma, dando assim um real início a uma nova geração.

Mas tendo a Sony lançado uma PS4 Pro recentemente, faria sentido lançar uma PS5 em 2018? Isso não iria defraudar os compradores da Pro?



Na realidade não! Há que se entender acima de tudo que a PS4 Pro é uma PS4. E quem a comprou julgando outra coisa, cometeu um erro que na realidade foi seu e só seu.

A PS4 nunca foi lançada para competir com a PS4 ou para substituir a PS4. A PS4 Pro é uma revisão da PS4, tal como a Slim é, mas uma revisão mais performante e capaz de trazer os jogos da PS4 para resoluções até 4K ou, alternativamente, oferecer melhorias a 1080p. E acima de tudo uma consola de meio de geração, ou seja, que teria logo à partida uma duração de vida de metade do previsto para as PS4 originais de lançamento.

Insista-se que esta não é uma consola nova, e nem sequer é uma consola criada com o intuito de substituir a consola base. A geração actual é a geração PS4, e essa em 2018 fará 5 anos, o que quer dizer que, caso uma nova geração fosse lançada, esta estaria dentro do prazo médio de vida de uma geração.

Isso defraudaria os possuidores da Pro? Bem, não sabemos… mas se isso aconteceu, é porque estes entenderam mal a mensagem da Sony, e ela foi clara. A PS4 Pro é uma consola elitista que pretende oferecer mais a quem se dignar parar mais. E neste caso, nem é muito mais, são apenas mais 50 euros. A Sony nunca disse mais do que isto, e sempre a anunciou a consola como uma PS4. Nesse sentido, tal como com uma nova versão Slim, a sua existência não prende a marca em nada!

Claro que quem se desfez da sua PS4 para comprar uma Pro terá feito um investimento maior. Mas em compensação estará agora também a desfrutar dos últimos jogos com melhorias a 1080p ou com suporte a resoluções superiores, sendo que a compra terá sido sido feita por sua iniciativa porque achava que o suporte existente justificava. Se a ideia fosse passar apenas para uma PS4 slim equivalente, o custo seria semelhante (menos 50 euros).

Seja como for, um lançamento de uma PS5 não significaria que a PS4 fosse descontinuada. De forma alguma! Aliás será muito provável que vissemos jogos comuns a aparecerem para uma PS4 e uma PS5, mas claro, haveriam os exclusivos PS5.



Basicamente onde queremos chegar é que a Sony posicionou muito bem a sua Pro, e a mera diferença de 50 euros face a uma slim equivalente não permite dizer que alguém tenha desembolsado uma fortuna para ter uma consola que no fundo só teve exclusividade de mercado como topo de gama por pouco mais de dois anos.

Mas repete-se, o 4 no nome dava claramente a informação. A Pro é uma consola de meio de geração, que saiu aproximadamente 33 meses depois da primeira consola. Analisando as datas de lançamento temos que a PS4 foi lançada a 29 de Novembro de 2013 e a Pro a 7 de Setembro de 2016, o que quer dizer que caso a geração durasse efectivamente 5 anos ou 60 meses, a PS4 Pro, a consola de meio de geração, teria falhado o meio exacto da geração por algo perto dos 3 meses e 8 dias.

Daí que sim, a PS4 Pro em 2018 teria, mais mês, menos mês, tido o suporte esperado para algo que foi definido como de meio de geração!

Mas será que 2018 é uma boa data para o lançamento?

Bem, se nos seguem sabem que foi nossa opinião que sim, mas no entanto, após vermos as especificações da Scorpio, deixamos de ter essas certezas.



Se seguiram os nossos artigos sabem que em 2018 seria possível fazer-se uma consola com 24 Tflops, mas a um preço que nesta fase nos parece irrealista.

Mais realista seriam talvez 12 Tflops, mas mesmo essa situação poderia trazer problemas de custo. Aliás o rumor que circula aponta para 10 Tflops!

Ora 12 Tflops parece-nos um valor adequado para uma nova geração. Essa potência gráfica acompanhada de um aumento de potência no CPU permitiria mais do que meramente levar os jogos da PS4 a 4K e acrescentar-lhes melhorias. Isso permitiria basicamente expandir acima disso e criar efectivamente uma nova geração.

Já 10 Tflops… algo que não é sequer o dobro do meio de geração da concorrência, parece pouco!

Mas 12 ou 10, perante as especificações da Scorpio o que vemos? É certo que a Scorpio não conseguiria acompanhar essa consola a 4K, mas a realidade é só uma. Quantos temos Tvs 4K?



Daí que caso a Scorpio corresse esses jogos a 1080p (algo acessível a todas as Tvs), a consola conseguiria acompanhar perfeitamente os feitos gráficos 4K de uma PS5 com 10 ou mesmo 12 Tflops. Mas isso criaria um problema para a Sony: É que, para a maior parte dos utilizadores, munidos de TVs 1080p, a PS5, que seria forçosamente mais cara dada a sua performance adicionai, seria bastante redundante!

Para que essa redundância não existisse, a PS5 teria também de apostar nos 1080p de forma a poder com 10 Tflops esmagar a Scorpio, mas isso parece um pouco um contra senso face ao intuito do alcançar os 4K com que a Pro foi criada. Basicamente a PS5 teria de negligenciar os 4K de forma a evitar que a Scorpio a superasse a 1080p, e a nova geração, ao contrário da atual, não avançaria verdadeiramente para os 4K, sendo necessário uma posterior PS5 Pro.

Recordando-se que cerca de 92% do mercado instalado atual é 1080p, a PS5 perderia claramente para a Scorpio na questão do preço, sendo que ao apostar nos 4K mostraria uma qualidade que poucos estão em condições de visualizar, e que se calhar poucos estão dispostos a pagar para ter antes do tempo apenas para suportar a consola (um pouco o que já referimos que pode ser um dos problemas da Scorpio face á PS4 Pro, mas aqui com as situações invertidas).

Basicamente o que queremos dizer com isto, é que as especificações da Scorpio, basicamente mexeram pela negativa nos planos da Sony. Uma PS5 não pode ser lançada correndo o risco de a consola de meio de geração da concorrência a conseguir acompanhar, e muito menos quando as Tvs com resoluções acima dos 1080p são ainda uma fatia tão pequena do mercado, e mesmo com estas a existirem, os 1080p podem continuar a ser uma realidade e quase indistinguíveis dos 4K se usado um HDR e um bom AA ou técnica de reconstrução de resolução.

Por esse motivo, apesar de tudo o exposto em cima, nesta fase não acreditamos que 2018 seja a data de lançamento da PS5. Aqui já não está em causa a potência, está em causa que o mercado dos 4K é ainda pouco relevante, e que uma consola lançada apenas para essa resolução não conseguirá competir com outra, mesmo que menos potente, mas que a acompanhe a 1080p. E com uma Scorpio de 6 Tflops a explorar a sua potência toda a 1080p, 10 ou 12 Tflops são insuficientes para levar isso para 4K.



Daí que seja nossa opinião que a Sony se tramou não só com as especificações da Scorpio, mas igualmente com o conceito que criou com a Pro. Porque uma PS5, em 2018, mesmo com 12 Tflops, nunca conseguiria manter esse mesmo conceito e levar jogos criados para explorar 1080p e 6 Tflops para 4K.

Pode contudo haver quem argumente que a Scorpio não poderá fazer isso devido às suas políticas que a prendem à Xbox One… mas essa é uma falsa questão! Uma política não é uma impossibilidade física, é apenas uma regra. E as regras podem ser quebradas! Daí que se a Sony aposta o seu futuro apoiando-se numa suposta regra da concorrência que considera imutável… pode estar bem tramada! Porque em 2018 as políticas da Microsoft podem mudar… e nós sabemos como elas tem mudado nos últimos anos.

 

 



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